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Jogo com portão fechado é maneira de proteger corintianos da própria torcida

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22/02/2013 00h10

Na opinião deste blogueiro, obrigar o Corinthians a jogar com portões fechados na Libertadores é uma forma de proteger os próprios corintianos. Na prática, é mais isso do que um castigo pela morte do garoto boliviano Kevin Douglas Beltran. Ainda que o espírito da Conmebol seja  punir para dar uma satisfação à opinião pública.

Da forma como muitos membros de organizadas corintianas têm se comportado é melhor que fiquem longe dos outros torcedores para evitar novas vítimas ou até mesmo humilhações. E, se é impossível barrar só os violentos, faz sentido não deixar ninguém entrar.

Faz tempo que integrantes de organizadas alvinegras têm se comportado como pessoas acima da lei dentro dos estádios.

No primeiro jogo da final da Libertadores, contra o Boca, na Bombonera, a histeria de alguns "organizados" deixou outros fãs do clube com ossos quebrados. As vítimas foram empurradas das inclinadas arquibancadas do estádio a fim de abrir espaço para instrumentos musicais. Na ocasião, a Conmebol fechou os olhos. Uma morte depois, foi adotada uma medida de choque. Se bem que não será surpresa a punição ser relaxada em breve.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.