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Clássico no Morumbi reflete fragilidade de clubes em combate à agressividade

Perrone

03/03/2013 08h25

 

Santistas hostilizam Ganso

Como mandante, o Santos recebe neste domingo o Corinthians longe da Vila Belmiro. O clássico no  Morumbi simboliza a dificuldade dos quatro grandes de controlar a agressividade de seus torcedores e até de seu estafe, no caso são-paulino..

Os santistas foram punidos por causa da chuva de moedas na direção de Ganso e cumprem a punição contra os corintianos, obrigados a jogar com portões fechados na Libertadores.

Dono do palco do clássico desta tarde, o São Paulo perdeu um mando de jogo pela briga de seus seguranças com a delegação do Tigres na final da Sul-Americana.

Completando o cenário, o Palmeiras perdeu quatro mandos na Série B em razão do confronto entre alguns de seus torcedores e policiais militares no jogo contra o Botafogo no ano passado.

Vandalismo palmeirense no Pacaembu

O quarteto é reincidente. A confusão no Morumbi na decisão da Sul-Americana, por exemplo, não foi a primeira vez em que visitantes reclamaram de truculência no estádio. A prisão do argentino Desábato, do Quilmes, acusado de racismo, foi o caso mais emblemático.

Ganso também não inaugurou as chuvas de moedas na Vila. Vanderlei  Luxemburgo e Fábio Costa já tinham sido premiados.

No caso do Palmeiras, antes do entrevero diante do Botafogo, o clube havia perdido quatro mandos de jogos na Série A porque seus torcedores arrebentaram o Pacaembu em derrota para o Corinthians.

E os corintianos viram a Gaviões da Fiel brigar em Bragança Paulista, no final do confronto com o Bragantino, logo na primeira partida após a morte do boliviano Kevin Douglas Beltran. Foi a terceira vítima fatal em praticamente um ano envolvendo a organizada. Em 2012, dois palmeirenses morreram.

A repetição de antigos problemas mostra uma evolução capenga de clubes que aumentam suas receitas, exibem craques como Neymar, Pato e Luis Fabiano, mas não conseguem se modernizar para coibir atos violentos.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.