Com torcida vetada, Corinthians dá carona para 'conselheiro-torcedor' na Colômbia
Imagem exibida pela Band mostra o conselheiro Manoel Evangelista, o Mané da Carne, descendo do ônibus do Corinthians no último treino do time antes do jogo com o Millonarios, já na Colômbia.
Indagada pelo blog, a assessoria de imprensa do clube respondeu que ele não chefiava a delegação e nem fazia parte da relação da comitiva oficial. Pagou passagens e estadia do próprio bolso. Ou seja, como faria qualquer torcedor. Apenas pegou uma carona no ônibus que transportava os jogadores para o treinamento.
Mas o Corinthians e seus adversários estão proibidos de vender ingressos para os torcedores alvinegros em partidas fora do Brasil pela Libertadores. Isso por conta da morte do boliviano Kelvin Douglas Beltran.
O blog telefonou durante a partida para Mané da Carne a fim de indagar se ele entrou no estádio, mas o conselheiro estava com seu celular desligado.
Mesmo sem a confirmação de sua entrada, o caso já causa preocupação no Parque São Jorge. "Se ele não foi para assistir ao jogo, viajou com qual objetivo? De qualquer forma, o Corinthians não poderia ter dado carona para um torcedor na Colômbia sabendo que a nossa torcida está proibida de entrar no estádio. Se o presidente não sabia da presença do Mané, deveria afastar imediatamente o chefe da delegação, antes que o clube seja punido pela acusação de colocar um torcedor no estádio", disse Romeu Tuma Júnior, conselheiro da oposição e delegado.
Segundo a assessoria de imprensa, Duílio Monteiro Alves, diretor de futebol, chefiou a delegação na Colômbia.
"Deixaram o Corinthians numa situação difícil. Se os ingressos não foram vendidos para nossa torcida, ele viajou confiando que entraria com a nossa delegação. Isso burlaria a punição aplicada pela Conmebol. Não quero que o clube seja punido, mas alguém foi irresponsável", completou Tuma. Ele pretende pedir no Conselho Deliberativo explicações sobre o episódio.
Mário Gobbi, presidente corintiano, não viajou para a Colômbia, pois estava em Brasília conversando com o Governo Federal sobre a situação dos 12 corintianos presos na Bolívia.
A presença de Mané no ônibus já havia provocado queixas de conselheiros que consideraram a atitude privilégio e desrespeito à privacidade dos atletas.
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