Mortes indicam que legado da Copa será incompatível com investimento público
Dois torcedores do Ceará mortos antes do clássico contra o Fortaleza, evento teste para a Copa das Confederações. Um trabalhador morto na obra da Arena Palestra Itália. O saldo trágico registrado entre domingo e esta segunda é mais um indício de que o legado usado para justificar o derrame de dinheiro público na Copa de 2014 não será o alardeado pelas autoridades.
A morte dos torcedores aconteceu longe do estádio. E a arena alviverde não faz parte do mapa da Copa. Isso não muda o fato de que o Governo Federal investiu bilhões com o pretexto de que muita coisa vai melhorar na vida do cidadão brasileiro graças ao Mundial.
E às vésperas da Copa das Confederações, o mínimo que se poderia esperar é que a gastança já tivesse deixado alguns legados. É enorme o investimento na área de segurança para evitar mortes durante as competições da Fifa. Mas, a briga em Fortaleza e outros tantos casos recentes deixam claro que o dinheiro injetado ainda não produziu maneiras eficientes de monitorar, coibir e punir torcedores violentos.
A morte na arena palmeirense não é a primeira depois da onda de construções de estádios no país. Em 2011, um operário morreu na obra do Estádio Nacional de Brasília. Até agosto do ano passado a construção já registrava 29 acidentes.
A exigência de novos palcos para a Copa do Mundo deveria ter deixado como primeiro legado mais eficiência na segurança nos canteiros de obras, sejam os trabalhos ligados ou não ao Mundial, sejam os projetos públicos ou privados, como a casa alviverde.
Os últimos episódios reforçam neste blogueiro a sensação de que a Copa vai acontecer sem grandes sobressaltos, por contra da vigilância da Fifa. E que depois, quase tudo continuará como antes. Apesar da grana torrada.
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