Topo

Perrone

WTorre recorre a promissórias de R$ 200 mi e dá como garantia suas receitas na arena do Palmeiras

Perrone

27/07/2013 06h00

Para arcar com parte dos custos das obras do novo estádio do Palmeiras, a WTorre decidiu emitir e negociar notas promissórias no valor total de R$ 200 milhões. Como garantia de que irá pagar as promissórias, usará sua parte nas receitas do Allianz Park.

A decisão aparece em ata de reunião no dia 15 de maio feita pela Real Arenas, empresa da construtora que é responsável por desenvolver e implementar o projeto do estádio palmeirense. A Real  é a emissora das notas.

De acordo com a ata, publicada no último dia 18 pelo Diário Oficial de São Paulo, serão negociadas 10 promissórias no valor de R$ 20 milhões cada. A Cetip, empresa escolhida para negociar as notas define operações com promissórias como recurso usado "por empresas que precisam melhorar a estrutura de capital ou têm a necessidade de fazer caixa rapidamente". Também descreve esse tipo de operação como sendo mais vantajosa do que empréstimos bancários.

A ata da reunião detalha as garantias dadas pela WTorre, por meio da Real Arenas, para quem adquirir as promissórias. Nelas estão as receitas com aluguel do estádio, mesmo nos jogos de futebol, verbas com camarotes, naming rights, lanchonetes e todas as outras explorações comerciais.

No entanto, o documento deixa claro que a fatia que cabe ao Palmeiras não faz parte das garantias e não é afetada pela operação.

Até as 23h50 desta sexta a assessoria de imprensa da WTorre não havia respondido às perguntas enviadas pelo blog.

Abaixo, trechos do documento. Clique na imagem para aumentá-la.

Trecho de documento publicado no Diário Oficial de São Paulo

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.