Autorização de presidente do São Paulo acelera corrida eleitoral durante crise

Juvenal Juvêncio indicou quatro pré-candidatos

Horas antes da derrota do São Paulo para o Criciúma, que agravou a crise enfrentada pelo clube. Juvenal Juvêncio oficializou a pré-candidatura de quatro aliados à presidência do clube, como mostrou o UOL Esporte na noite de quinta.

O cartola disse esperar que os indicados entrem em acordo e escolham um integrante do quarteto para disputar o pleito de abril contra Kalil Rocha Abdalla, ex-diretor jurídico. Porém, por enquanto, nenhum deles desistiu da candidatura.

Pelo contrário, agora Júlio Casares, vice de comunicação e marketing, Carlos Augusto de Barros e Silva, vice-presidente, Roberto Natel , vice social e de esportes amadores, trabalham abertamente para serem indicados. O ex-presidente Carlos Miguel Aidar, outro citado por Juvenal, afirmou que ainda não colocou sua campanha na rua. "Mas aceitei o que o Juvenal disse. Ele falou de nós quatro, então somos candidatos. Agora vou esperar em quem ele vai colocar a mão. Se for em mim, eu aceito", disse Aidar ao blog.

Barros e Silva, o Leco, foi mais incisivo: "sou candidato e vou lutar para isso", afirmou. O blog apurou que, após a reunião, ele teve uma conversa com Natel, reforçando a sua candidatura e pedindo o apoio do colega.

Porém, Natel também já está em campanha. "Eu estava quieto. Agora que o Juvenal se posicionou, comecei a trabalhar. Estou conversando com conselheiros, marcando reuniões. Acho que levo uma vantagem sobre os outros porque converso sempre com os conselheiros por causa da minha função no clube. Eles me conhecem. Não vou aparecer do nada", afirmou Natel.

"Estou à disposição da instituição. Tenho potencial e uma folha de serviços prestados. Mas lutarei intensamente pelo consenso. Vamos sair muito unidos e fortalecidos", declarou Casares, outro pré-candidato.

Não é isso que a oposição prevê. O grupo que apoia Kalil acredita que a corrida eleitoral vá derreter de vez a ala comandada por Juvenal.

Na prática, o que deve acontecer agora é uma corrida dos quatro por apoio dos conselheiros. No final vão medir forças e quem tiver mais apoio vai exigir ser o candidato da situação. Mas a tendência é que o presidente acabe decidindo quem seráo o candidato. "Se for preciso, se houver dúvida, acredito que o Juvenal vai indicar quem deve disputar a eleição. Não vamos nos dividir", declarou Natel.

O pleito acontece em abril. Primeiro os sócios votam em conselheiros. Depois, os membros do Conselho elegem o novo presidente.

Antes de Juvenal se pronunciar, os situacionistas reclamavam de a oposição antecipar a disputa eleitoral e tumultuar o clube.