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Dirigentes do São Paulo pensam como Rogério, mas não falam para Juvenal

Perrone

13/09/2013 16h41

Ao defender Paulo Autuori, Rogério Ceni falou o que parte dos diretores do São Paulo pensa, mas não fala para Juvenal Juvêncio.

Como o goleiro, esses cartolas acharam injusta a demissão de Autuori, apesar de aprovarem Muricy Ramalho.  Ao contrário do capitão, no entanto, a maioria preferiu não demonstrar para Juvenal Juvêncio a insatisfação.

Um integrante da diretoria, que pediu para não ser identificado, disse ao blog que a repentina demissão de Autuori mostra que o São Paulo está desgovernado.

Assim, apesar de Rogério ferir a cúpula do clube, seu posicionamento foi elogiado entre dirigentes. O goleiro falou o que pensa, mostrou independência em relação à direção, e se revelou um perigo para os candidatos à presidência na eleição de abril. Imagine o estrago que uma crítica dessas pode fazer com o candidato da situação às vésperas do pleito?

Para quem não leu, a declaração de Rogério após o jogo com a Ponte Preta:

"Paulo Autuori e Muricy Ramalho não são caras pra ficar dois meses no São Paulo. Um cara botou mais uma estrela no peito do clube, o outro é o único tricampeão brasileiro por um único time. São caras especiais. Nós perdemos o Paulo, então espero que a gente possa ficar com o Muricy mais. Telê morreu, nós matamos o Autuori e restou o Muricy."

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.