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Saída de Vilson faz oposição palmeirense retomar ataques a Nobre e Brunoro

Perrone

01/09/2013 08h10

Vilson teve passagem rápida pelo Palmeiras

A venda de Vilson para o Stuttgart, da Alemanha, reabriu a temporada de críticas de conselheiros do Palmeiras à direção do clube. Assim como reaberta está a ferida deixada pela troca de Barcos por jogadores do Grêmio, entre eles o zagueiro negociado.

"Acabou a lua-de-mel. Quando a gente acha que o clube está entrando nos eixos, eles detonam de novo. A saída do Vilson corrobora com o que disse sobre a negociação do Barcos: foi péssima. O clube vai receber R$ 700 mil pelo Vilson e gasta R$ 600 mil por mês com executivos. Vou cobrar uma atitude dos conselheiros na próxima reunião. Temos que exigir a demissão do José Carlos Brunoro e de todos os executivos trazidos pelo Paulo Nobre. Perdemos um dos melhores jogadores, não conseguimos patrocinador principal, parece que estão lá para fazer canequinha com o escudo do Palmeiras. Isso até meu filho adolescente faz", disse o conselheiro José Corona.

Ele votou em Nobre, mas passou a criticar o presidente após a saída de Barcos. Como disse Brunoro em entrevista coletiva, Vilson foi vendido porque estava acertado que, se algum clube pagasse quantia estipulada no contrato, o Palmeiras seria obrigado a negociar o jogador.

"A cada dia que passa descobrimos que a negociação do Barcos foi pior. E ninguém mais fala no quinto jogador que viria, acabaram sendo quatro. A impressão que temos é que quem manda é o Brunoro", afirmou Wlademir Pescarmona, conselheiro oposicionista.

Pouco depois de voltar ao Palmeiras, Brunoro foi alvo de seguidos ataques de conselheiros descontentes com a saída de Barcos e os gastos do clube com executivos. Com as vitórias na Série B, porém,  houve um período de paz, encerrado com a venda de Vilson e a eliminação na Copa do Brasil.

O blog procurou a assessoria de imprensa do Palmeiras para ouvir o presidente do clube sobre o assunto.  Por e-mail, recebeu a resposta de que "posicionamentos dos conselheiros serão respondidos no Conselho Deliberativo, foro adequado para esse diálogo".

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.