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Após eliminação, diretoria de futebol do Corinthians é acusada de omissão

Perrone

24/10/2013 13h00

A eliminação do Corinthians na Copa do Brasil gerou cobranças para que a diretoria de futebol seja demitida e aumentou o racha entre grupos políticos da situação. Também serviu como senha para a oposição aumentar seus ataques, já que antes temia ser acusada de atrapalhar o time em meio a briga por um título.

Entre oposicionistas e situacionistas, há queixas de omissão da direção em momentos decisivos. Nas derrotas para a Portuguesa por 4 a 0 e diante do mesmo Grêmio, por 1 a 0, os diretores de futebol Roberto de Andrade e Duílio Monteiro Alves (doente no segundo jogo), não acompanharam a delegação. Nesta quarta, apenas Duílio estava com a equipe em Porto Alegre.

"Existe um festival de omissão da diireção de futebol  que reflete no time. A diretoria não vai aos jogos, não cobra, não dá importância, então o grupo de jogadores não está nem aí. A diretoria age como se depois de ganhar o mundial não precisasse ganhar mais nada, pode fechar o clube. O jogador sente isso. Do jeito que o time está, vão falar que ganhou o Mundial e a Libertadores na sorte", disse Romeu Tuma Júnior, conselheiro de oposição.

"Tem diretor acompanhando atleta em balada. Jogador não quer dirigente por perto na noite. Quer na hora em que perde e a torcida joga pedra no vestiário. Na hora em que alguém tem que dar entrevista. Agora é preciso uma reformulação geral,  mudar a diretoria de futebol e até os seguranças que estão acostumados com os jogadores", completou Romeu.

Entre os situacionistas, a crítica maior é sobre Roberto, preferido de Andrés  Sanchez para suceder Mário Gobbi na presidência. Afirmam que o diretor já deixava de ir em alguns jogos importantes na época das vacas gordas.

Roberto e Duílio não atenderam ao blog para falar sobre as críticas.

A queda em Porto Alegre também aumenta a discórdia entre aliados de Andrés e Gobbi, enquanto os dois cartolas asseguram estar unidos.

Os "andresistas" afirmam que a direção atual venceu a Libertadores e o Mundial após receber o prato pronto da diretoria anterior. E que na hora de fazer a própria refeição, deixou a comida queimar.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.