Após vender Neymar, Santos não evita déficit e economiza até em ônibus
Pouco mais de quatro meses após a venda milionária de Neymar para o Barcelona, o Santos vive um período de vacas magras. Apesar da negociação do craque, o clube prevê que irá fechar o ano no vermelho. Por isso, demite funcionários e corta despesas em quase todos os setores.
Pequena parte da economia foi feita com a decisão de trocar o ônibus do time por um alugado. "O nosso veículo precisava de uma reforma. Fizemos o orçamento e ficaria caro. Percebemos que alugar um sairia mais barato, já que você não tem que pagar gasolina e motorista. Temos um ônibus mais moderno e sem ter que investir nele. Mas economia não foi o único motivo. Os jogadores ficam mais seguros no ônibus alugado quando passam por torcidas adversárias porque ele não é identificado", disse ao blog Odílio Rodrigues, presidente em exercício do clube.
Ele também explicou o sufoco financeiro depois da venda de um dos maiores jogadores da história santista. "Vendemos o Neymar, mas estamos sem um patrocinador master. Isso é como abdicar de R$ 22 milhões. Além disso, a arrecadação que obtivemos em 2012 não vai se repetir, foi algo incomum no futebol brasileiro", declarou.
No ano passado, a receita santista foi de R$ 197,8 milhões. Só os patrocínios na camisa renderam R$ 50 milhões. O superávit foi de R$ 14,6 milhões.
Segundo Odílio, a previsão orçamentária feita para 2013 já calculava um déficit entre R$ 10milhões e R$ 15 milhões no final do ano. O cartola diz que o estrago não deve passar disso.
Porém, balancete publicado no site do clube mostra que em março o déficit já era de R$ 9,1 milhões. Segundo conselheiros do clube, a previsão é de que esse número supere os R$ 30 milhões em dezembro.
De acordo com Odílio, o Santos segue uma reestruturação administrativa prevista num estudo encomendado à empresa KPMG e que enxuga as despesas. "Estamos cortando alguns cargos e acumulando algumas funções na mesma gerência. Só no departamento jurídico conseguimos uma economia de R$ 70 mil reais por mês terceirizando os serviços".
Ele nega que os cortes façam o clube perder qualidade em seus departamentos. "Estamos cortando despesas, mas pensando sempre na profissionalização as áreas. Buscamos também a qualificação."
O dirigente disse não saber de cabeça quantas demissões já foram feitas e afirmou que não existe um número determinado de dispensas.
Conselheiros críticos da administração afirmam que o clube economiza no cafezinho mas gasta sem necessidade no futebol. Citam o contrato feito com Marcos Assunção, que ganha mais do que parte dos titulares, mas foi pouco aproveitado até agora.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.