Diretor do Ministério do Esporte é contra estratégia de fechar organizadas
Diretor do departamento de defesa do torcedor do Ministério do Esporte, Paulo Castilho defende uma estratégia contrária à extinção das torcidas organizadas para combater a violência nos estádios.
Fechar a corintiana Gaviões da Fiel e a são-paulina Independente é o que tenta o Ministério Público de São Paulo. Porém, Castilho defende a individualização das punições, atingido mais o torcedor do que a uniformizada.
"Se empurrarmos as torcidas para a clandestinidade, o controle ficará mais difícil. Temos que ir para cima do indivíduo. Prender, entrar com ação civil, fazer com que ele tenha que se virar, tenha que vender uma moto para pagar indenização. É assim que vamos enfrentar o problema", afirmou o diretor.
Para ele, a existência das organizadas facilita a localização de torcedores violentos, já que elas arquivam fichas de seus sócios. "Sem as torcidas, seria como combater essas manifestações violentas nas ruas. Você não sabe quem são os líderes, é muito mais difícil chegar neles", completou Castilho.
Nesta semana, representando o ministério, ele se encontrou com autoridades da segurança pública de São Paulo para discutir um pacote de medidas de repressão à violência. Entre elas, sugeriu a criação de uma delegacia especializada em crimes praticados por torcedores. Seria um projeto piloto visando a expansão pelo país inteiro.
"Hoje, quando o torcedor é levado para uma delegacia, às vezes, ela está lotada e tem outras prioridades. Precisamos dar à delegacia uma estrutura para que ela possa lavrar o flagrante de um torcedor violento, ter um delegado especializado em crimes praticados pelos torcedores, alguém que tenha isso como prioridade", declarou Castilho.
A delegacia especializada também receberia todos os presos que, por determinação da Justiça, estejam proibidos de ir aos estádios. Eles se apresentariam no mesmo distrito policial. A medida facilitaria a fiscalização.
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