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Santos agora vê falhas nas categorias de base e promove dispensa em massa

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01/10/2013 14h05

O Santos fez uma avaliação e enxergou uma série de falhas em suas categorias de base. Por isso, o mais badalado centro de formação de jogadores do país está de cabeça para baixo. O clube iniciou uma dispensa em massa que já atingiu 20 atletas e que está longe de parar.

O cenário é de uma casa em faxina em que a sujeira é tirada debaixo do tapete.  O principal problema apontado é o excesso de jogadores e a falta de qualidade de muito deles. Essa situação estaria fazendo o clube gastar mais do que precisa.

No entanto, economia não é o combustível principal das mudanças, segundo Odílio Rodrigues, presidente em exercício. "Queríamos trabalhar com novos critérios na base, e o preponderante não é o critério financeiro. O que manda é o critério qualitativo. Ouvimos vários candidatos e escolhemos aquele que apresentou os critérios com os quais mais concordamos", disse Odílio.

"Encontramos jogador que foi para fazer teste e estava hospedado no clube por mais tempo do que deveria, achamos vários atletas do mesmo empresário. É um trabalho feito em cima de muita avaliação. Mas não estamos criticando quem cuidava da base antes, só ajustamos os critérios", completou o presidente.

O cartola diz que o clube tinha 200 jovens em formação, mas não informou qual o número considerado ideal.

O novo gerente é Hugo D'Elia Machado, que trablhou no Corinthians e enfrenta a resistência de parte dos conselheiros. Alguns dos críticos preferiam ver o ex-jogador Zito na função.

"Mandaram 90 caras (foram 20, segundo a diretoria) da base embora, (jogadores) que eles mesmos trouxeram, para  contenção  de despesas, e trazem um desconhecido para ficar com a galinha dos ovos de ouro nas mãos… e o Zito com tanto currículo não serve", escreveu no Facebook o conselheiro licenciado Celso Leite.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.