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Acuado, Ministério do Esporte usa reunião para cobrar outros por segurança

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12/12/2013 06h00

A intenção do Ministério do Esporte em reunião na manhã desta quinta em Brasília é cobrar o Ministério da Justiça, o Ministério Público, a CBF e os clubes para que sejam mais duros no combate à violência nos estádios.

Todos os setores envolvidos estarão representados no encontro, que terá a presença dos ministros Aldo Rebelo (Esporte) e José Eduardo Cardozo (Justiça). O discurso será de que o Esporte fez a sua parte participando da elaboração do Estatuto do Torcedor, mas que os outros entes precisam colaborar. O sentimento no ministério é de que só a pasta é cobrada por soluções.

A pressão aumentou porque a Fifa passou a se preocupar com a repercussão da violência no país da próxima Copa do Mundo. E porque o Ministério cultivou a imagem de protetor dos clubes por se engajar em questões como um novo alívio nas dívidas deles com a União e a volta da venda de cerveja nos estádios.

Pressionado, Rebelo reagiu afirmando que o Estatuto do Torcedor já é suficiente para dar um basta na violência. Seus pares defendem que ele seja claro na reunião afirmando que a polícia precisa prender mais e a Justiça condenar os briguentos. O número de apenas três presos na batalha entre torcedores de Vasco e Atlético-PR, no domingo, é usado no ministério como prova de que outras entidades deixam a desejar.

O desejo de Rebelo é de que a reunião destrave a criação de delegacias especializadas em casos relacionados ao futebol. E de um sistema padronizado no combate de violência baseado no que dá certo no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.