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Desfecho do Nacional amplia vexame brasileiro

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09/12/2013 07h34

A última rodada do Brasileirão ampliou o vexame brasileiro às portas da Copa do Mundo. A pancadaria entre torcedores de Atlético-PR e Vasco e a queda de dois grandes clubes para a segunda divisão comprovam que até agora sediar o Mundial pouco serviu para o futebol nacional evoluir.

Durante a semana, o país já tinha feito feio nos eventos relativos ao sorteio da Copa, escancarando atrasos nas obras dos estádios. Gafes de José Maria Marin também impressionaram os estrangeiros presentes.

Certamente, representantes de seleções que ainda estavam no fim de semana no Brasil viram a pancadaria em Santa Catarina. E quem não estava também viu de longe.

Foi só mais uma comprovação de que às portas da Copa do Mundo o Brasil regrediu no combate á violência nos estádios. Nos últimos anos, o problema era mais do lado de fora das arenas. Mas o Brasileirão deste ano foi marcado por lutas dentro, como entre corintianos e vascaínos, e fora.

O resultado final do nacional também mostra como estão mal os dirigentes de boa parte dos grandes clubes. Após uma enxurrada de dinheiro da Globo na renovação dos contratos, eles penam para pagar salários em dia, enquanto seus times comem poeira de clubes menores.

O ano terminou com Fluminense e Vasco rebaixados. Corinthians, Flamengo e Internacional, outros gigantes, ficaram do décimo lugar para baixo. Corintianos e flamenguistas não aproveitaram o fato de terem as maiores receitas entre os clubes do país. E Inter e Flu fracassaram com elencos milionários, como o corintiano.

Enquanto isso, em Brasília, politicos ensaiam nova mágica para fazer sumir a divida dos clubes com a União.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.