Guerra política no SPFC assusta parceiros em cobertura
A direção do São Paulo teme perder seus parceiros na cobertura do Morumbi por causa da guerra política no clube, que terá eleição em abril.
Em recente reunião, representantes da Andrade Gutierrez e dos investidores que bancarão a obra demonstraram estar assustados com o boicote da oposição à reunião em que o projeto seria votado. Não houve quórum mínimo para a votação. Eles acreditavam que a parceria seria abraçada pelo Conselho Deliberativo.
Os parceiros estão na dúvida se devem insistir no projeto, enfrentando as dificuldades de pisar num terreno hostil. Um dos problemas é o fato de a Andrade Gutierrez ter sido alvo de críticas públicas de gente da oposição.
Uma reunião para discutir o assunto vai acontecer em janeiro.
Enquanto isso, o departamento jurídico são-paulino prepara uma nova redação para o estatuto do clube a pedido de Juvenal Juvêncio.
Se aprovada no Conselho Deliberativo, a mudança acabará com a exigência de presença de 75% dos conselheiros na reunião para aprovar a parceria pela cobertura. O novo texto prevê a participação de 50% mais um conselheiro. Segundo a diretoria, a reunião para a mudança estatutária não precisa ser com 75% dos integrantes do Conselho.
A oposição alega não ter informações detalhadas sobre o projeto, que prevê a construção de uma arena para shows no Morumbi a ser explorada por pelo menos dez anos pelos investidores e dois estacionamentos. As dúvidas são principalmente em relação à hipoteca do terreno do estádio como garantia de pagamento da obra, que custará mais de R$ 400 milhões.
Os disparos dos oposicionistas atingem o principal articulador do projeto, Francisco Manssur, advogado e assessor de Juvenal Juvêncio. Nas redes sociais, o conselheiro Tercio Molica critica o fato de o escritório do homem de confiança do presidente prestar serviços ao São Paulo. Ele também diz que Manssur virou superpoderoso no clube, com influência até no futebol.
"Eu prefiro trabalhar para uma instituição como o São Paulo a viver de empregos arrumados pelo Aurélio Miguel [opositor no São Paulo e vereador]. Quem lê jornais sabe o motivo para eu pensar assim", afirmou Manssur ao blog, rebatendo as críticas.
Ele também alega que o contrato para a cobertura foi colocado à disposição e ainda pode ser visto pelos conselheiros, mas que não há interesse dos críticos em ver o documento. Diz ainda que só opina em assuntos do futebol quando é consultado.
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