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Após, caso Neymar, Santos é pressionado a abrir 'caixa preta' da base

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24/02/2014 08h03

Após os desdobramentos da venda de Neymar, conselheiros do Santos pressionam a diretoria para abrir o que chamam de caixa preta das categorias de base. Querem ver os contratos das principais revelações do clube, saber quais jogadores têm seus direitos econômicos fatiados e quem são os parceiros.

Alguns dos membros do conselho também desejam esclarecer se parte dos direitos econômicos de Gabriel foi dada como garantia na operação em que o grupo de investidores representados por Renato Duprat trouxe Leandro Damião para a Vila Belmiro.

Um requerimento já foi apresentado no Conselho Deliberativo pelo conselheiro Vagner Lombardi pedindo a exibição de documentos referentes aos jogadores da base.

Indagado pelo blog, o presidente em exercício, Odílio Rodrigues, demonstrou irritação por ter que tratar do assunto pela imprensa. "Esses documentos são públicos. O conselheiro que quiser ver para se informar, vai lá pede e vê. Não escondemos nada, vamos mostrar tudo que pedirem. Agora, quem quer tumultuar faz com que você faça o que está fazendo agora", declarou o dirigente.

No entanto, conselheiros  reclamam que a direção coloca obstáculos para que eles vejam alguns documentos. Citam como exemplo os contratos referentes à negociação de Neymar.

Paulo Schiff, presidente do Conselho Deliberativo, assegurou quea papelada pedida sobre os jovens jogadores serão exibidos. "É automático. É só pedir que é apresentado", afirmou.

Em relação a Damião, Odílio negou que direitos econômicos de atletas da base tenham sido dados como garantia.

"Não é algo dessa diretoria, é histórico no Santos. Qualquer coisa que acontece no clube é motivo para negociarem direitos dos jogadores da base. Aí quando o atleta estoura, nós descobrimos que 40% é de um, 10% é de outro", disse o conselheiro Orlando Rollo.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.