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Corinthians não exibe cronograma de estrutura complementar e frustra Fifa

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21/03/2014 06h00

Em conversa com técnicos da Fifa, nesta quinta, o Corinthians deu um passo adiante ao esclarecer para os representantes da entidade que vai bancar as estruturas complementares para a Copa do Mundo em seu estádio, honrando o contrato assinado.

Mas o clube também andou para trás ao afirmar que ainda não tem um cronograma para a instalação dessas estruturas.

O alvinegro tenta encontrar patrocinadores que cubram os custos com a obra. Assim, ainda não tem datas para apresentar à entidade. Ficou clara, durante reunião em Itaquera, a frustração dos representantes da Fifa  com a indefinição. Há preocupação também porque não está decidido nem quem vai executar os trabalhos, pois as contratações não foram feitas. O resultado final é o risco ainda maior de atrasos. De acordo com o Blog do Rodrigo Mattos, a Fifa exige do clube um plano emergencial e, apesar de não receber um cronograma, trabalha com um prazo de 40 dias para a obra ficar pronta, mesmo sem ter sido contratada a empresa que fará o serviço.

Falta até o valor exato da operação. Os cálculos do clube variam entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões.

As estruturas complementares se referem a áreas que serão usadas no Mundial, mas descartadas depois por serem  grandes demais para as necessidades cotidianas da arena. São os casos dos setores de hospitalidade e sala de imprensa.

Depois de esperar receber o estádio em 15 de abril, a entidade só conta com a arena pronta em maio, mês anterior ao jogo inaugural do Mundial. Há também atrasos no acabamento, instalação de cadeiras e aquisição e colocação de telões.

Por causa dos problemas já tem gente envolvida na organização da Copa em São Paulo apelidando o estádio alvinegro de "Inacabadão".

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.