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Crise corintiana tem de 'bicho' não pago a risco de cobrança na Justiça

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27/03/2014 06h00

Está fácil a vida dos dirigentes do Corinthians? Veja abaixo a quantidade de problemas financeiros que o clube tem para resolver ao mesmo tempo.

Ameaça de processo

O braço esportivo do Grupo Pão de Açúcar estuda processar o clube por uma dívida referente à venda de Paulinho para o Tottenham. A empresa tinha participação nos direitos econômicos do jogador e alega que deveria ter recebido 1 milhão de euros até 8 de janeiro. Não recebeu, notificou o clube e, se continuar sem resposta deve ir à Justiça. O blog telefonou para Luiz Alberto Bussab, diretor jurídico corintiano, mas ele não atendeu às ligações.

'Bichos' não pagos

Premiações referentes a partidas disputadas no Brasileirão de 2013 ainda não foram pagas. Dois agentes com trânsito no Parque São Jorge contaram ao blog terem ouvido queixas de atletas sobre a situação. Mas na diretoria há quem diga que foi combinado com os jogadores que o pagamento seria parcelado e com parte do vencimento em 2014. Portanto, estaria tudo dentro do programado.

Salário de Sheik

A diretoria planejou que neste ano não teria jogadores caros no banco de reservas. Já conseguiu negociar Pato, Douglas e Ibson. Mas vê se arrastar as tratativas para a saída de Sheik, dono de um salário de R$ 500 mil. Na tarde desta quarta, Reinaldo Pitta, agente do atacante, afirmou ao blog que a direção alvinegra não disse para ele que quer liberar o jogador. Assim, o empresário nega que tenha conversado com o Botafogo, interessado no atleta.  Segundo ele, Sheik renovou o aluguel de sua residência em São Paulo no começo do ano e não pensa em trocar de ares. Só que o clube precisa aliviar a folha de pagamento de R$ 7,3 milhões ficando livre de pelo menos da metade do salário de Sheik.  Precisa abrir espaço para novos contratados, preferencialmente um atacante.

Pressão da Fifa

Não bastassem todas essas encrencas, a Fifa esperava que ainda nesta quinta o clube definisse como serão pagas as estruturas complementares para seu estádio receber jogos da Copa do Mundo. Mas o prazo foi adiado para sexta. É um abacaxi de pelo menos R$ 50 milhões, valor mínimo estimado para essas áreas, que envolvem principalmente segurança e mídia. O clube assinou contrato se responsabilizando a pagar por elas, masacha injusto porque as estruturas não serão usadas após o Mundial. Há esperança entre cartolas de que em breve seja anunciado um patrocinador para a empreitada.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.