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Gobbi topa 'esquecer' economia e pagar R$ 500 mil a Elias para atender Mano

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29/03/2014 06h00

O Corinthians está disposto a pagar R$ 500 mil mensais a Elias, se conseguir viabilizar a contratação do volante do Sporting, de Portugal, com a ajuda de parceiros ou por empréstimo. Esse é o valor que a cúpula alvinegra calcula ser necessário para acertar com o atleta.

A decisão está na contramão da atual política de corte de despesas estabelecida pelo clube. Na última reunião do Cori (Conselho de Orientação), Mário Gobbi disse que fará de tudo para trazer o jogador, pois Mano Menezes está certo de que ele arrumaria o time. Isso justifica o gasto fora de hora.

O fato de Gobbi topar pagar salário tão alto para Elias gera contrariedade dentro da própria diretoria, porque o combinado era evitar despesas nesse patamar com novos atletas. Os pagamentos de Sheik e Danilo, que renovaram contrato, já não estavam nos planos financeiros para 2014.

O aperto nas finanças fez a direção estipular que neste ano não teria jogadores com altos salários que não fossem aproveitados pelo técnico. Motivo pelo qual negociar Sheik e trazer um substituto mais barato virou uma das prioridades. O atacante ganha os mesmos R$ 500 mil que devem ser oferecidos a Elias, caso a contratação vingue.

Mesmo se Sheik sair, não haveria troca do salário de um pelo do outro. Isso porque o Corinthians calcula que teria que continuar pagando metade do que o atacante recebe. Assim, aumentaria sua folha salarial em R$ 250 mil. Só que, caso Sheik seja negociado, outro atacante virá, ampliando mais a despesa mensal. Hoje ela é de R$ 7, 3 milhões. Com as saídas de Ibson, Douglas, Paulo André e na troca de Pato por Jádson, foi assegurada uma economia de R$ 710 mil mensais, mas a situação segue desconfortável.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.