Paulo Nobre é pressionado por conselheiros a premiar menos o sócio-torcedor
Paulo Nobre sofre pressão de conselheiros de diferentes alas para diminuir os benefícios dados aos sócios-torcedores mais assíduos. As queixas chegaram a membros do COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) do Palmeiras, e pelo menos um "cofista" pretende questionar o presidente do clube sobre o assunto em reunião do órgão.
Já havia insatisfação com o programa batizado de Avanti, mas ela aumentou com a depredação do escritório que cuida do projeto, na última quinta, por torcedores revoltados por não conseguirem entradas para o jogo contra o Santos, no domingo.
Na última quarta, os associados que mais vão a jogos tiveram o privilégio de adquirir os bihetes primeiro. Na quinta, foi aberta a venda para os demais sócios, e houve a depredação. Se sobrassem ingressos, os demais palmeirenses poderiam comprar na sexta, mas a venda foi interrompida porque o equipamento que cuida do sistema foi danificado.
O critério de beneficiar os sócios-torcedores é usado também por outros clubes, como o Corinthians. Em jogos com pouca disponibilidade de bilhetes, como foi para os palmeirenses na Vila Belmiro, é quase impossível quem não participa do programa conseguir bilhetes. O Palmeiras recebeu apenas 700 ingressos para a partida com o Santos.
Na sexta passada, a UVB (União Verde e Branca), grupo de oposição no clube divulgou o seguinte comunicado: "Não podemos criar uma torcida dentro da torcida, e o processo de venda de ingresso deve ser melhor estruturado, de forma a contemplar não apenas uma ou outra categoria de torcedor, mas sim possibilitar a todos os segmentos de torcida terem acesso a ingressos". A UVB, da qual faz parte Wlademir Pescarmona, pré-candidato da oposição à presidência, ressaltou ser contra o vandalismo.
O pensamento é igual ao de conselheiros de outras correntes que criticam o clube por supostamente dar mais atenção a um empreendimento comercial, o Avanti, do que ao torcedor "comum".
Mas a situação também afeta as organizadas. Em boa parte dos clubes, em jogos com poucos ingressos, quase todos os bilhetes vão diretamente para as sedes das uniformizadas. Desde março do ano passado, após atos de violência contra o time na Argentina, Nobre está rompido com as organizadas, que perderam privilégios no clube. No caso da partida com o Santos, os membros das uniformizadas também precisavam ser sócios-torcedores assíduos para ter chances de conseguir as entradas.
Por meio da assessoria de imprensa do clube, a diretoria do Palmeiras afirmou que não comentaria o assunto.
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