SPFC discute cobertura do Morumbi e esquece futebol. Quem é culpado?
A discussão eleitoral no São Paulo privilegia a cobertura do Morumbi e deixa de lado o time. Tanto que na última reunião do Conselho Deliberativo, na semana passada, pouco foi discutido sobre a equipe. E muito se falou do projeto para cobrir o estádio.
O grupo situacionista ironiza a oposição: "Eles cometeram um erro estratégico. Resolveram atacar o projeto da cobertura, que é excelente para o clube, e perderam a chance de debater o futebol", afirma Francisco Manssur, assessor do presidente Juvenal Juvêncio.
Marco Aurélio Cunha, um dos líderes da oposição, que terá Kalil Rocha Abdalla como candidato rebate: "É a situação que usa a cobertura para cobrir o futebol. A cobertura fica um assunto para jogar a torcida contra mim e a oposição. Para dizer que o resto está tudo bem. Como se o futebol nos últimos anos estivesse brilhante, como se o clube não tivesse torrado um mundo de dinheiro em jogadores que não deram certo. Isso fica apagado porque a oposição é igual a não cobertura", diz o oposicionista e vereador.
Seja estratégia de uma das partes ou não, é inegável o contraste. Enquanto cada cláusula do contrato para a cobertura é esmiuçada, com direito a uma comissão especial formada pela oposição, as propostas para turbinar o futebol são-paulino foram discutidas de maneira rasa até aqui. A eleição em que o situacionista Carlos Miguel Aidar vai enfrentar Kalil será em abril.
A polêmica sobre a cobertura começou quando a oposição se recusou a votar o projeto por alegar falta de conhecimento prévio. De lá para cá, a Andrade Gutierrez se retirou da operação, alegando ataques dos opositores, e os adversários de Juvenal fizeram diversas reuniões para estudar os contratos.
Segundo Cunha, a oposição ainda tem dúvidas sobre a parte relativa à engenharia. Enquanto isso, a situação diz ter dez construtoras interessadas em tocar a obra que cobrirá o Morumbi e que será paga por investidores por meio da exploração de uma nova arena para shows dentro do estádio. Não está definido quando haverá nova votação sobre o tema.
E o futebol?
"Se a pauta fosse o futebol, a situação falaria que torcemos contra o time, que não somos são-paulinos. Nós estamos respeitando o futebol, ainda mais o Muricy. Agora que as contratações feitas ao longo desses três anos foram uma tragédia, foram. Quanto se gastou? É só somar. Renovação de longa duração com jogadores que não jogam… Mas não queremos abordar isso para não desestabilizar o time, o Muricy. E qualquer um está vendo. Não preciso eu, conselheiro, atacar o meu clube", afirmou Cunha.
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