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Arena do Corinthians corre risco de ter cobertura incompleta na Copa

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03/04/2014 12h47

O estádio do Corinthians corre risco de receber jogos da Copa do Mundo com sua cobertura inacabada. A pouco mais de dois meses da abertura do Mundial, ainda faltam ser instalados 15 metros de vidro na ponta das coberturas de cada arquibancada lateral.

Indagada pelo blog se a instalação não será mais feita até a Copa, por falta de tempo, a Odebrecht respondeu por meio de sua assessoria de imprensa que a meta é concluir a operação antes da competição, mas não assegurou que a finalização do serviço irá acontecer.

Do lado corintiano da empreitada, porém, já há quem dê como certo que o estádio será entregue para a Fifa sem as pontas de vidro. Existe também o receio de que, com a cobertura incompleta, Vips se molhem em caso de chuva, pois haverá camarote embaixo desse trecho durante a Copa.

De acordo com a construtora falta definir o tipo de vidro que será usado para não prejudicar as transmissões dos jogos pela TV.

"Esse serviço encontra-se na fase final dos estudos que definem a colocação dos vidros nas pontas das coberturas das arquibancadas leste e oeste (últimos 15 metros). A instalação depende da conclusão da escolha do material/translucidez compatibilizado com o estudo de sombreamento para não prejudicar as transmissões", diz nota da Odebrecht enviada ao blog por e-mail.

Após a resposta, o blog argumentou que, então, não existe a certeza de que o estádio será entregue à Fifa com a cobertura completa. Em seguida, a assessoria se limintou a "insistir na informação da empresa cuja meta é instalar os vidros antes da Copa", novamente, sem assegurar a conclusão.

"Não haveria qualquer risco de afetar os camarotes, que estão totalmente cobertos pelo telhado já executado", respondeu, também, a Odebrecht, sobre o se existe a possibilidade de Vips ficarem expostos à chuva, caso as pontas de vidro não sejam instaladas.

No Corinthians, também existe o temor de que outros pontos do acabamento não fiquem prontos antes do Mundial e que não sejam feitos depois do torneio, mas a Odebrecht descarta essa possibilidade. "Todos os acabamentos especificados no projeto serão executados, exceto para as áreas onde há conflito com as obras temporárias cujos acabamentos serão executados após a Copa", diz a construtora.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.