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Nobre é criticado em conselho por atacar SPFC, mas não por perder Kardec

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04/05/2014 10h21

 

A fracassada negociação com Alan Kardec foi o principal assunto da última reunião do COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) do Palmeiras, na quarta passada. Para a maioria dos "cofistas", Paulo Nobre acertou na condução das tratativas com o atacante, mas errou na maneira como agiu em relação ao São Paulo.

O presidente do Palmeiras ouviu de membros do órgão que falhou ao convocar uma entrevista coletiva e espinafrar o rival. Deveria, na opinião da maior parte do COF, apenas ter soltado uma nota no site oficial, explicando que não fechou com o jogador porque o clube do Morumbi apareceu com uma proposta maior.

A avaliação é de que, diante dos jornalistas, Nobre se inflamou, agiu como torcedor, atacou demais o São Paulo, ficou exposto e deixou também o clube vulnerável a um contra-ataque. E foi o que aconteceu, com Carlos Miguel Aidar, presidente do clube do Morumbi, chamando o dirigente alviverde de juvenil e dizendo que o Palmeiras se apequenou.

Isso não significa que os críticos discordem do que Nobre pensa sobre a atitude tricolor. Também entendem que o São Paulo foi antiético, mas acreditam que o cartola deveria ter sido mais contido por representar oficialmente o Palmeiras.

Diferentemente de boa parte da torcida, porém, integrantes do COF, elogiam a forma como Nobre conduziu as conversas com o estafe de Kardec. Afirmam que ele foi responsável e protegeu o dinheiro do clube ao endurecer a negociação com o jogador. E que é menos prejudicial perder o atacante para o rival do que pagar um salário fora da realidade alviverde.

Por meio da assessoria de imprensa do Palmeiras, Nobre disse que não comentaria o assunto.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.