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Criticado por cartolas e estafes de atletas, Felipão é chamado até de avô

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09/07/2014 06h00

Antes visto como salvador da pátria, Felipão agora é alvo de críticas disparadas por quase todos os lados. E muitas delas foram lançadas antes mesmo da humilhante derrota por 7 a 1 para a Alemanha, nesta terça no Mineirão.

Do integrante do estafe de um dos titulares de Felipão, o blog ouviu que o técnico era o pai da família Scolari em 2002 e virou o avô dela em 2014, de tão ultrapassado que estaria. A crítica foi feita antes da semifinal.

Cerca de uma hora depois do "atropelamento" no Mineirão, o responsável pela carreira de um dos reservas do time afirmou que Scolari perdeu a confiança dos jogadores ao se reunir com seis jornalistas na segunda-feira da semana passada e se aconselhar com eles. Isso porque teria demonstrado insegurança, deixando para seus comandados a impressão de que o comandante estava perdido a ponto de ouvir dica de quem não é boleiro.

O blog já havia ouvido de três membros de estafes de atletas que Felipão tinha perdido o controle sobre os jogadores por falar de assuntos internos para jornalistas e, principalmente, por ter dito que se arrependeu de uma das 23 convocações para o Mundial. A assessoria da CBF, no entanto, afirma que ele quis dizer que precisaria contra a Colômbia de um jogador com características diferentes das dos convocados.

Entre os cartolas da CBF, uma das principais reclamações é em relação ao treinador insinuar repetidamente que havia um complô para impedir a seleção de ser hexa em casa. O argumento é o de que a suspeita daria aos atletas uma justificativa antecipada para uma eventual derrota, podendo provocar um certo relaxamento.

Tanto por parte de dirigentes como de pessoas ligadas aos jogadores, o técnico também é criticado por não dar um padrão de jogo consistente à seleção, não fazer com que a bola chegasse mais até Fred ou nem ter tirado o atacante do time titular e por não controlar os nervos de seus jogadores.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.