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Brunoro só não foi demitido do Palmeiras ainda para não sair como vítima

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26/09/2014 06h47

José Carlos Brunoro está com os dias contados no Palmeiras. O diretor executivo do clube só não é demitido agora, como quer a maioria dos conselheiros, para não sair como vítima.

A tese, defendida principalmente pelo ex-presidente Mustafá Contursi e abraçada pela diretoria, é de que se fosse afastado durante o Brasileirão, Brunoro teria o argumento de que seu trabalho foi interrompido e que a direção do clube agiu de maneira amadora, cedendo a pressão política. No caso de um eventual rebaixamento, ele estaria longe do clube no pior momento.

A decisão é fazer com que, aos olhos do público, o trabalho de Brunoro seja avaliado no fim do ano, apesar de seu desempenho já ter sido reprovado. E que ele carregue a responsabilidade pelo resultado final do Palmeiras na competição.

Até lá, o dirigente segue enfraquecido, com menos poder de decisão no departamento de futebol. Neste momento, é importante para os aliados de Paulo Nobre alardearem no clube que ele não permanecerá caso o presidente seja reeleito. De sinônimo de uma gestão profissional, Brunoro virou repelente de votos no Palmeiras.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.