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Para cartolas corintianos, sombra do deputado Andrés afeta menos o time

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06/10/2014 07h32

Praticamente todas as correntes políticas do Corinthians comemoraram a eleição de Andrés Sanchez para deputado federal. Mas os motivos para felicidade são diferentes.

Os aliados do ex-presidente celebram o triunfo pessoal do dirigente, após trabalharem na campanha. Já conselheiros da oposição e cartolas mais ligados a Mário Gobbi estão aliviados. Acreditam que o próximo presidente do clube sofrerá menos com a sombra de Andrés. Avaliam que, trabalhando em Brasília, ele irá menos ao Parque São Jorge.

Atualmente, aliados de Gobbi reclamam da ascendência que Andrés ainda tem sobre funcionários e jogadores. O próprio presidente costuma consultar seu antecessor antes de decisões importantes, como escolha de técnico. Publicamente, Andrés faz questão de dizer que não tem a ver com a administração do futebol corintiano, cuidando apenas do estádio.

A relevância da eleição de Andrés para a oposição pode ser medida pelo fato de nas duas primeiras parciais das prestações de contas do candidato uma empresa do opositor Paulo Garcia aparecer como a principal doadora. O gesto é visto como uma atitude que quem quer Andrés longe da Zona Leste nos próximos anos. A eleição alvinegra deve acontecer no começo de 2015.

Além de esperar Andrés distante, a oposição corintiana analisa que o desempenho do ex-presidente não foi como PT esperava, apesar de ele ser o deputado federal do partido mais votado em São Paulo, passando de 168.800 votos. Isso porque os grandes puxadores de votos tiveram entre 300 mil e 1,6 milhão de indicações.

Atualização

Após a publicação do post, Romeu Tuma Júnior, integrante da oposição corintiana, telefonou para o blog e afirmou que a doação da empresa de Paulo Garcia para a campanha de Andrés é uma posição pessoal, não institucional da corrente opositora no clube.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.