Após rachar até governo, refinanciamento corre risco de boicote de clubes
Após mais de um ano de discussões, a lei planejada para refinanciar as dívidas dos clubes mudou de nome, colocou jogadores contra cartolas e até rachou uma ala do Governo Federal. Depois desse terremoto, a LRFE (Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte) corre o risco de ser desprezada assim que for aprovada.
Grande parte dos cartolas que via como uma tábua de salvação o projeto, antes batizado de Proforte, já não tem mais tanto interesse nele. Então, se a lei não for sancionada como eles querem, ameaçam não aderir ao refinanciamento previsto nela.
Isso porque a demora para a aprovação fez com que eles inscrevessem parte de suas dívidas fiscais no Refis (Programa de Recuperação Fiscal mantido pelo Governo). Se antes os dirigentes sonhavam com a LRF para refinanciar integralmente seus débitos, agora precisam dele para equacionar uma dívida menor. Flamengo, Fluminense, Corinthians, Atlético-MG e Coritiba estão entre os clubes que recorreram ao Refis. A maioria queria evitar essa medida para não ter que pagar o equivalente a 20% de suas dívidas em cinco pesadas parcelas.
Como a lei perdeu parte de seu encanto, a CBF se sentiu à vontade para dar uma banana ao Bom Senso FC, ignorando alguns dos acordos tratados entre dirigentes e atletas. Caso os jogadores consigam emplacar suas principais exigências, seus patrões prometem que o novo financiamento terá serventia apenas paras os clubes mais desesperados por ficarem fora do Refis. Os demais evitariam o novo financiamento para não terem que se submeter a regras de responsabilidade mais rígidas.
Enquanto isso, sobrará para o Governo administrar uma crise entre Ministério do Esporte e a Casa Civil da presidência da República. Integrantes do primeiro avaliam que o segundo ao receber o Bom Senso FC elegeu os jogadores como mocinhos, os dirigentes como bandidos e prejudicou o trabalho da pasta chefiada por Aldo Rebelo na operação.
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