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Corinthians vira exemplo para Cruzeiro reformular time bicampeão

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27/11/2014 06h00

A diretoria do Cruzeiro está segura de que precisa reformular o elenco vencedor dos dois últimos Brasileiros e vice-campeão da Copa do Brasil. A ideia é negociar dois ou três titulares para equilibrar as finanças do clube e arejar o time.

O exemplo do Corinthians campeão da Libertadores e Mundial em 2012 é usado no atual bicampeão nacional para justificar a estratégia. O alvinegro se desfez de Paulinho seis meses depois do título no Japão, mas manteve a maioria do time em 2013 e viu seu rendimento despencar.

Além de precisarem de dinheiro, os cruzeirenses querem evitar que o envelhecimento do elenco provoque queda de rendimento. Também lutam contra uma inflação na folha salarial, já que após dois anos no topo é natural que jogadores reivindiquem aumentos, principalmente se receberem propostas de outros clubes. Situação parecida aconteceu com Sheik. Depois de brilhar em 2012, o corintiano recebeu sondagens de concorrentes, mas renovou contrato e passou a receber R$ 520 mil mensais. Depois, ele não justificou o alto salário. Acabou emprestado para o Botafogo, de onde foi dispensado, com o Corinthians pagando metade do salário.

Para engordar seus cofres, o time celeste precisa se desfazer jogadores jovens, que valem mais. No clube mineiro, os cartolas avaliam que Éverton Ribeiro, contratado até dezembro de 2017, é o atleta com maior potencial de venda. No entanto, o dinheiro gerado pela negociação teria que ser repartido com parceiros. O Cruzeiro tem 60% dos direitos econômicos de Ribeiro. Outro avaliado como capaz de produzir uma boa negociação é Ricardo Goulart, que também é "fatiado".

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.