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Déficit de R$ 14,6 milhões contradiz discurso de economia feito por Nobre

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04/11/2014 15h22

Em campanha por sua reeleição, Paulo Nobre disse na tarde desta terça durante entrevista ao Sportv que nos últimos anos o Palmeiras foi como uma caixa-d´água na qual o líquido precioso mais sai do que entra. Fez a afirmação ao pregar austeridade financeira. Porém, em seu segundo ano de mandato, o clube segue gastando mais do que arrecada.

De acordo com o balancete de agosto, o mais recente publicado no site do Palmeiras, nos oito primeiros meses do ano o alviverde registrou déficit de R$ 14,6 milhões. Com esportes profissionais e amadores foram arrecadados R$ 109.078.945,01 e gastos R$ 122.503.461,11. Ou seja, na contramão do discurso do cartola, o clube ainda gasta mais desembolsa mais do que recebe, apesar de a área social registrar superávit de aproximadamente R$ 440,9 mil até agosto.

Em 2013, com Nobre no comando, o Palmeiras já havia amargado um déficit de aproximadamente R$ 20 milhões. Valor, que segundo disse o dirigente também ao Sportv, corresponde a um patrocinador principal que o clube não conseguiu obter. O presidente palmeirense também argumentou, como costuma fazer, que no ano passado assumiu o cargo com apenas 25% das receitas de 2013 disponíveis e 70% das verbas de 2014. O restante já havia sido antecipado por seus antecessores.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.