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MP não quer jogo com risco de rebaixamento em arena do Palmeiras

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28/11/2014 19h04

O promotor Paulo Castilho, do Ministério Público de São Paulo, encaminhou na última quinta ofício para a CBF pedindo que a partida entre Palmeiras e Atlético-PR, no próximo dia 7, não seja na nova arena palmeirense por questões de segurança. Isso caso o time alviverde ainda tenha risco de ser rebaixado. Ele teme a revolta dos torcedores locais, se a queda acontecer.

Porém, se vencer o Internacional no sábado, e o Vitória perder para o Flamengo, no mesmo dia, o Palmeiras chegará à última rodada do Brasileirão livre da Série B.

Entre os argumentos de Castilho para pedir a mudança estão os fatos de a arena palmeirense não ter grade ou fosso separando o gramado dos torcedores. No documento, ele afirma que, se o local for mantido, há o risco de "revivermos o trágico episódio do estádio Couto Pereira no dia 6 de dezembro de 2009". Naquela ocasião, revoltada com a queda do Coritiba, a torcida do Coxa protagonizou atos de vandalismo.

Caso a mudança não seja feita, o promotor pede que seja tomadas providências, como acomodar a torcida organizada do Palmeiras numa área superior do estádio e cercar o gramado com policiais e cães. No entanto, Castilho lembra que tais medidas não tiram a responsabilidade civil, criminal e desportiva dos envolvidos na organização do jogo, caso algo dê errado.

"O dever do Ministério Público é alertar e prevenir. A Polícia Militar já manifestou apoio à ideia, e acredito que a CBF vai fazer a alteração", declarou Castilho. Segundo ele, a mudança de local, ainda que seja definida só na próxima segunda, não vai ferir o Estatuto do Torcedor. "A única exigência do estatuto é que a venda de ingressos comece até 72 horas antes do jogo", disse ele.

De acordo com o estatuto, poder público, entidades esportivas, como a CBF, e clubes são responsáveis pela segurança nos estádios.

Além de José Maria Marin, presidente da CBF, Paulo Nobre, do Palmeiras, e Marco Polo Del Nero, da Federação Paulista, também receberam o documento.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.