Vereador Aurélio Miguel é pivô de nova crise política no São Paulo
O vereador Aurélio Miguel (PR) é o protagonista de uma nova crise política no São Paulo. Conselheiros do grupo de Juvenal Juvêncio se movimentam para impedir que o ex-judoca ganhe um cargo vitalício no Conselho Deliberativo. A alegação é de que ele não deve ter direito ao posto enquanto enfrentar acusações de corrupção por sua atividade na Câmara Municipal.
Carlos Miguel Aidar está recebendo indicações de todos partidos políticos para preencher as dez vagas de conselheiro vitalício abertas no clube. O plano é levar ao ao Conselho Deliberativo uma chapa pluripartidária, evitando disputa no órgão. O grupo Pró São Paulo enviou dois nomes para o presidente: Miguel de Souza (mais votado na convenção interna) e Aurélio Miguel (segundo colocado). Agora, Aidar vai escolher um deles. Porém, antes mesmo da definição, o presidente sofre pressão para deixar o ex-atleta de fora por causa das acusações.
Os desafetos de Aurélio já iniciaram um movimento para tentar impedir que a lista apresentada por Aidar tenha o apoio mínimo de 55 conselheiros necessário para que a chapa seja levada à votação, isso se Aurélio estiver na relação. Outra estratégia dos descontentes é se abster de votar. Parte dos aliados de Juvenal acredita que Aidar está disposto a eleger o vereador para provocar o ex-presidente, adversário político do ex-judoca.
O ex-judoca já foi candidato à presidência do clube pela oposição, mas na última eleição para o Conselho Deliberativo não se candidatou. Segundo José Roberto Canassa, um dos líderes do Grupo Pró São Paulo, na ocasião, Aurélio, preferiu não tentar a vaga para evitar que as acusações enfrentadas por ele fossem usadas na campanha e prejudicassem sua chapa.
Mesmo o sócio que não é conselheiro, como Aurélio, pode ser nomeado membro vitalício do órgão. Os eleitos só são substituídos após morrerem. "Não existe nenhum impedimento para que ele seja candidato. O Aurélio não teve nenhuma condenação e se acusações bastassem para inviabilizar a indicação, outras pessoas no clube não poderiam ser indicadas. Existem fofocas sobre gente que está lá e que teria tirado vantagem do clube. Se fosse assim, elas também não poderiam fazer parte do Conselho", disse Canassa sem citar nomes.
O blog não conseguiu entrar em contato com Aurélio, que sempre negou ter cometido irregularidades. Por sua vez, Aidar afirmou que ainda não definiu a lista. Está estudando os nomes e deve bater o martelo na semana que vem.
A polêmica pode fazer o presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Augusto de Barros e Silva, pedir um parecer do Conselho Consultivo sobre a situação de Aurélio no caso de sua indicação ser aprovada pelo presidente.
A votação dos novos conselheiros vitalícios deve ser marcada para 15 de dezembro.
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