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Após vetar comissão, Corinthians paga por colombiano que viria 'de graça'

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19/12/2014 13h02

O Corinthians vai pagar cerca de R$ 500 mil pelos direitos econômicos do colombiano Stiven Mendoza, que seriam cedidos gratuitamente. O atacante está livre de seu compromisso com o Chennaiyin, da Índia.

A mudança aconteceu porque Mário Gobbi se recusou a pagar cerca de R$ 1 milhão de comissão para o empresário envolvido na negociação. Após um dia de impasse, o gerente de futebol alvinegro, Edu Gaspar, apresentou a nova proposta. O agente aceitava receber cerca de R$ 500 mil de comissão, mas o clube teria que pagar valor semelhante pelos direitos econômicos do atacante.  Ou seja, nada mudou financeiramente para o alvinegro. Na prática, o empresário ganhou a queda de braço.

Por causa do imbróglio, o Corinthians esteve perto de desistir da contratação. Mendoza havia assinado o contrato na quinta. Já o presidente do clube colocou sua firma no papel nesta sexta.

O problema aconteceu porque Gobbi só aceitava pagar no máximo 10% do valor total do contrato para o intermediário (o blog não teve acesso ao nome do agente). Mas a pedida correspondia ao comissionamento de aproximadamente 20%.

Isso porque o atacante receberá cerca de R$ 100 mil mensais por quatro anos, além de R$ 100 mil de luvas. Assim, o valor do contrato é de R$ 5,3 milhões. Ou seja, a comissão que Gobbi admitia pagar era de no máximo R$ 530 mil, aproximadamente.

No final das contas, o Corinthians vai desembolsar, entre salários, luvas, comissão e valor dos direitos econômicos R$ 6,3 milhões por um jogador que aprovou no DVD.

Esse não é o primeiro caso recente em que dirigente breca uma operação acertada por Gaspar, homem de confiança de Roberto de Andrade, candidato à presidência apoiado por Andrés Sanchez e que coordena as negociações mesmo sem saber se ganhará a eleição de fevereiro.

O presidente já havia se recusado a contratar o goleiro Danilo, da Chapecoense. Ele também avisou ao grupo de Andrade que não aceitaria vender o jovem Malcom.

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.