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Eleitores notificam Corinthians contra urnas eletrônicas

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06/01/2015 16h29

O uso de urnas eletrônicas pode fazer com que o resultado da eleição para presidente do Corinthians, dia 7 de fevereiro, seja contestado na Justiça.

Quatro associados do clube com direito a voto enviaram notificação extrajudicial para os poderes do clube indagando se o pleito será realizado com urnas eletrônicas cedidas pela Justiça Eleitoral.

O grupo alega que obteve informação oficiosa no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo de que o órgão não fornece urnas eletrônicas para entidades privadas. Só que o artigo 60 do estatuto corintiano diz que "a votação se fará por meio de cédulas impressas ou mediante utilização de urnas letrônicas que venham a ser obtidas junto à Justiça Eleitoral".

Assim, os sócios pedem para que, caso as urnas não sejam "oficiais", o edital sobre a eleição seja alterado determinando o voto em papel. Eles afirmam que o não atendimento de seus pedidos ensejará uma ação na Justiça. Declaram também que a escolha do novo presidente deve ser anulada, caso o estatuto não seja cumprido.

Assinam a notificação Haroldo José Dantas da Silva, João Alberto de Souza, Júlio César Rodrigues Nascimento e Marcos Paulo Ribeiro dos Santos. Pelo menos um deles, Haroldo, é do grupo oposicionista que apoia Paulo Garcia, contrário ao uso de urnas eletrônicas.

Ademir Carvalho Benedito, presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, disse que ainda precisar ler a notificação com calma antes de tomar uma decisão. "Mas, inicialmente, não vejo irregularidade no uso das urnas eletrônicas. Quando o estatuto foi feito, a Justiça Eleitoral cedia as urnas, mas agora não cede. E o estatuto não proibe o uso das urnas que o clube vai adquirir. No direito privado o que não é proibido é permitido", afirmou Benedito. Mário Gobbi, presidente do clube, também está entre os dirigentes destinatários do documento.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.