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Timão ignora presente e valoriza passado com Cristian, parado desde maio

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04/01/2015 10h50

Em 2014, o Corinthians apostou suas fichas na volta de Mano Menezes, campeão da Série B do Brasileiro (2008), do Campeonato Paulista (2009) e da Copa do Brasil (2009). A direção deu de ombros para o currículo recente do treinador. Ele havia fracassado na seleção brasileira e no Flamengo. Em sua volta ao alvinegro, acumulou goleadas para Santos, Atlético-MG e Fluminense. Foi eliminado no Paulista e na Copa do Brasil, mas colocou o alvinegro na Pré-libertadores de 2015. Mano não teve seu contrato renovado, mas o clube repete o hábito de valorizar mais o passado do que o momento atual de seus contratados ao trazer Cristian de volta.

O volante não disputa uma partida oficial desde 16 de maio de 2014, segundo o site Transfermarket. De acordo com a mesma página, Cristian participou de 17 dos 34 jogos do Fenerbahce no Campeonato Turco. Foram 14 como titular, além de três começando na reserva e entrando. Ainda perdeu quatro jogos por estar lesionado e dois por suspensão.

Com esse retrospecto, parece que a direção (ou o candidato da situação à presidência, Roberto de Andrade, que já tem suas vontades feitas) aposta mais no passado vitorioso de Cristian (campeão da Série B nacional, do Paulista e da Copa do Brasil sob o comando de Mano) no Parque São Jorge e em sua relação com a Fiel. Só seus feitos naquela época justificam o tratamento de estrela dado ao volante, parado desde que seu contrato com o time turco acabou, ao final da temporada 2013-2014.

A apresentação de Cristian será um prêmio a torcedores mais assíduos do clube, convidados para a entrevista coletiva com o ídolo do passado, mas que chega para resolver num futuro muito próximo. E cheio de dificuldades provocadas pela falta de dinheiro no alvinegro.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.