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Rogério tem desafio inédito contra torcida corintiana em Itaquera

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18/02/2015 06h09

Ele é considerado o maior ídolo da história do São Paulo, tem as prateleiras de sua casa lotadas de troféus e prêmios, carrega vários recordes e marca muitos gols, mesmo sendo goleiro.

Quem olha o currículo de Rogério Ceni não imagina que, aos 42 anos, ele ainda tenha algum desafio significativo a superar. Mas tem: encarar a torcida que é mais hostil com ele na nova casa dela, pela primeira vez. Sem alambrado para separar e a poucos metros de distância.

Claro que Rogério está pra lá de acostumado a jogar sob pressão, mas será uma sensação inédita vivida por ele em confrontos com o time do Parque São Jorge.

Nenhum jogador adversário é tão xingado e vaiado pelos corintianos como Rogério. O Pacaembu, antiga casa corintiana, vivenciou essa hostilidade. Como na goleada corintiana por 5 a 0, em 2011. Na ocasião, a torcida alvinegra chegou a desafiar o mítico goleiro gritando "vem" para que ele cobrasse uma falta, quando a goleada já estava construída. O camisa 01 ameaçou, mas não foi.

A marcação da Fiel sobre Rogério é tanta que foi com ele, no Pacaembu, que os alvinegros começaram a gritar "bicha" para os goleiros adversários na reposição de bola. Na estreia da ofensa, porém, o São Paulo venceu fora de casa por 3 a 2. A diretoria alvinegra condena o grito com medo da acusação de homofobia. Mas é muito provável que essa e outras provocações sejam despejadas sobre Rogério nesta quarta, no primeiro encontro entre os dois clubes pela Libertadores. Sem dúvida, a relação entre Rogério e a torcida alvinegra será um duelo especial.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.