Programa de computador vira munição contra Muricy no São Paulo
Um programa de computador que ajuda analisar o despenho dos atletas durante os jogos virou munição para críticos de Muricy Ramalho no São Paulo.
Internamente, dirigentes reclamam de que o treinador não explora a tecnologia como deveria. Afirmam que o técnico poderia receber informações online sobre o rendimento dos jogadores e até avaliar o cansaço deles durante as partidas. Mas sustentam que ele prefere ser informado apenas no dia seguinte, o que seria um sinal de alergia a recursos modernos.
O blog procurou a assessoria de imprensa do São Paulo para ouvir Muricy. A resposta foi de que o programa usado pelo clube não permite que os dados sejam enviados para o técnico em tempo real. Ou seja, não é uma escolha dele ter as análises apenas depois dos jogos. É uma limitação técnica.
Mas integrantes da diretoria rebatem. Afirmam que, se o treinador quisesse montariam, uma logística para que ele tivesse acesso aos dados ainda no banco de reservas.
O episódio dá combustível para a polêmica sobre Muricy não ser um técnico moderno. Modernidade, aliás, é a marca que Carlos Miguel Aidar gostaria de dar (e ainda não conseguiu) à sua gestão no São Paulo. O presidente nega estar insatisfeito com o treinador, mas já cobrou Muricy publicamente. E precisou, no ano passado, negar acusação de Juvenal Juvêncio de que queira demitir o comandante são-paulino como parte do pacote para se livrar de funcionários ligados a seu antecessor.
A fogueira que esquenta o vestiário são-paulino aumentou nesta quinta após o técnico admitir que existe um racha no clube, não no elenco. E que parte dos cartolas querem sua demissão, o que não inclui o vice de futebol, Ataíde Gil Guerreiro.
O desabafo do técnico deixa Aidar numa situação constrangedora. Isso porque, além das acusações de JJ sobre ele querer a saída do técnico, a Independente voltou a criticar o elenco. O presidente já demonstrou publicamente que mantém excelente relação com a principal organizada do clube. A ponto de atender telefonema do presidente da uniformizada, conhecido como Negão, diante de jornalistas.
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