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De patrocínio a sonho de Ceni: o que vale para o SPFC ficar na Libertadores

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22/04/2015 08h13

Do potencial para conseguir mais dinheiro à oportunidade de seu maior ídolo encerrar a carreira por cima. Veja o que está em jogo para o São Paulo na partida desta quarta, que vale a permanência na Libertadores, contra o Corinthians, no Morumbi.

Aposentadoria – A eliminação nesta quarta mataria o sonho de Rogério Ceni de se aposentar conquistando mais um título da Libertadores. Ou obrigaria o goleiro a adiar mais uma vez o plano de se aposentar, renovando seu contrato, que termina no final do torneio continental, em agosto. Encerrar sua última participação no torneio com uma queda na primeira fase seria melancólico para o capitão são-paulino.

Patrocínio – Não avançar para os mata-matas do torneio pode prejudicar as negociações em busca de um patrocinador principal. A competição que dá vaga ao Mundial de Clubes da Fifa é um dos principais atrativos para investidores. Neste momento, a diretoria mantém pelo menos duas conversas em estágio intermediário com interessados. Há o temor de que a eventual queda precoce esfrie as tratativas.

Novo treinador – Se passar para a próxima fase, o substituto de Muricy Ramalho, seja ele quem for, já chegará pressionado a alcançar às quartas-de-final. A tabela prevê jogos das oitavas-de-final a partir do próximo dia 29. Assim, ele teria que trocar os pneus com o carro andando. Em caso de eliminação, o técnico ganhará mais tempo para se adaptar ao clube e diagnosticar defeitos do time, já eliminado do Paulista. A estreia no Brasileirão está marcada para 10 de maio, contra o Flamengo.

 Grana – Cair na primeira fase da Libertadores tira a chance de o São Paulo turbinar as receitas com rendas milionárias nos mata-matas do torneio. Até agora, a torcida não mostrou grande entusiasmo com a competição. Como a maioria das equipes brasileiras, o clube do Morumbi enfrenta grave crise financeira.

Política – A queda prematura daria mais munição aos críticos de Ataíde Gil Guerreiro. Eles reclamam que o vice-presidente de futebol não conseguiu resolver os principais problemas do time e ainda transformou em novela a substituição de Muricy Ramalho no que seria demonstração de falta de planejamento e de critério na escolha do novo treinador. Uma eventual eliminação será também atribuída a supostos erros do cartola.

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.