Disputa com Guaraní vale para Corinthians tentar evitar debandada
Além de evitar a eliminação precoce na Libertadores, o jogo de volta contra o Guaraní do Paraguai vale para o Corinthians impedir uma sequência de fatos negativos que atingiriam suas finanças e comprometeriam o nível do time para a disputa do Brasileiro.
Caso não consiga superar a derrota desta quarta por 2 a 0 e seja eliminado nas oitavas de final, o alvinegro perderá receita importante com arrecadação usada para pagar as obras de seu estádio. Nos quatro jogos que fez pela Libertadores em 2014, o clube arrecadou R$ 12,5 milhões. Chegar até a final do torneio seria a oportunidade de dobrar esse valor com mais quatro jogos.
Sob os efeitos do nocaute no Paraguai, equipe de Tite fará contra o Guaraní o primeiro jogo em casa desde que lançou oficialmente o programa de aluguel de camarotes e de uma nova modalidade de cadeiras cativas para turbinar as receitas de sua arena. A eliminação nas oitavas de final dificultaria essa comercialização e provavelmente também a já complicada venda do nome do estádio.
Mas, a queda no torneio continental não afetaria só os planos do Corinthians para pagar a construção da arena. Vencer a Libertadores e ter a chance de disputar o Mundial significa receber gordas premiações. Em 2012, quando foi campeão do continente e do mundo o alvinegro registrou em seu balanço uma receita de R$ 23,5 milhões com premiações, programa de sócio-torcedor e arrecadação com loterias (os corintianos contam essas verbas juntas). Em 2014, ano em que ganhou nada, o clube anotou nesse mesmo item R$ 9,3 milhões.
A eliminação viria no momento em que a direção tenta negociar patrocínios secundários em seu uniforme. Sem Libertadores, a exposição cai e o valor diminui.
Assim, o corte de entrada de dinheiro sufocaria ainda mais quem deixou de pagar direitos de imagem em dia já em 2014. Por isso, desde janeiro, cartolas corintianos afirmam internamente que a única maneira de evitar uma debandada de jogadores no meio do ano seria vencer a Libertadores.
Sem a obrigação de montar um time forte para o Mundial e com os cofres vazios, além de vender atletas, o clube teria ainda mais dificuldades para renovar contratos de alguns de seus principais jogadores. É improvável, por exemplo, que a renovação de Guerrero aconteça antes do jogo com o Guaraní. Negociar com os agentes do peruano sem o dinheiro que o torneio continental poderia render é uma missão ainda mais ingrata. O cenário é semelhante na renovação de Sheik.
Já a saída de Gil, um dos mais valorizados do time, na metade do ano, passaria a ser um eficaz remédio para combater o mal financeiro que debilita o clube. Até segurar Malcom, de contrato novinho em folha e que só renderia 30% do valor de sua venda para o Corinthians se torna uma tarefa mais árdua em caso de adeus à competição sul-americana.
Por tudo isso, a revanche contra os paraguaios não vale só a sequência na Libertadores para os corintianos. Provavelmente indicará também com qual poder de fogo o clube disputará o Brasileiro depois que se abrir a janela de transferências para a Europa no segundo semestre.
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