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Título do Santos veio com retorno às origens e resgate de ídolos

Perrone

03/05/2015 19h05

A conquista do título paulista do Santos coroa a política da atual diretoria de retornar às origens do clube e de resgatar antigos ídolos. Após uma gestão recheada de cartolas baseados em São Paulo, implantada pelo ex-presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, os novos dirigentes quiseram aproximar o time da cidade.

O técnico Marcelo Fernandes é ex-jogador do alvinegro do litoral. Seu assistente, Serginho Chulapa, é um dos ídolos do clube. Outro grande atleta do passado  e virou consultor de futebol: Clodoaldo.

Em campo, mais gente com raízes no clube, como Robinho, Elano e Renato. Claro, não poderiam o faltar os Meninos da Vila, simbolizados em Gabriel, o Gabigol.

O presidente, Modesto Roma Júnior, é filho de um dos mandatários mais famosos da história santista.

Para escancarar esse clima de volta ao passado, até o ex-presidente Marcelo Teixeira (na minha opinião não deveria estar lá) estava no campo para festejar o título conquistado sobre o Palmeiras após a disputa de pênaltis.

É antiga a discussão sobre se o Santos deve ser um pouco mais da capital ou não. Tão velha quanto a pressão que ex-ídolos do passado costumam exercer sobre dirigentes do clube quando não são ouvidos. Neste domingo, os tradicionalistas marcaram ponto.

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.