Ex-presidentes descartam participar da gestão de Aidar no SPFC
Com Guilherme Palenzuela, do UOL, em São Paulo
Ex-presidentes do São Paulo não estão dispostos a participar da nova diretoria que Carlos Miguel Aidar pretende montar após pedir para todos seus diretores entregarem os cargos. Para aliados do presidente, a participação deles seria uma forma de fortalecer o mandatário.
"Nenhum de nós tem condições de assumir cargo no clube agora, temos nossas profissões, não temos tempo. Essa ideia já nasceu morta", disse ao blog o ex-presidente José Eduardo Mesquita Pimenta, escolhido como porta voz do grupo de ex-presidentes tricolores que se reuniu nesta quarta para discutir a crise política instalada no Morumbi. Juvenal Juvêncio recusou o convite para ir ao encontro.
De acordo com o Blog do Menon, por meio de aliados, Aidar tenta que seus antecessores apoiem sua gestão, enfraquecida após a briga dele com Ataíde Gil Guerreiro e uma série de decisões polêmicas.
Assumir um cargo não seria a única forma de manifestar apoio. Indicar aliados para serem diretores teria o mesmo efeito. Pimenta, porém, descarta sugerir alguém para compor a nova diretoria. "Eu não tenho ninguém para indicar e acho que os outros também não têm. Como você vai indicar alguém para fazer um trabalho voluntário no clube nessa situação, para dar a cara a tapa e chegar lá sem poder nenhum. Quem tem poder é o presidente, o regime é presidencialista, ele vai continuar fazendo o que quer. Se indico alguém, o sujeito vai me perguntar se sou amigo dele ou da onça", afirmou o ex-dirigente.
José Augusto Bastos Neto, Paulo Amaral, José Douglas Dallora, Fernando Casal De Rey e Ives Gandra Martins, que não é ex-presidente, mas integra o conselho consultivo com os que ocuparam o posto máximo, também participaram do encontro. Antes mesmo da reunião acontecer, Dallora já havia dito ao UOL Esporte que não aceitaria participar da administração. "Não tem fundamento. Ex-presidentes não vão assumir cargos. Já deram o que tinham que dar. Já estou com quase 80 anos, Pimenta, Paulo Amaral… Não tenho interesse. Já fui diretor de futebol nove anos. O futebol desgasta muito a gente. Você fica na linha de frente", disse Dallora.
De acordo com Pimenta, o grupo não concluiu que posição tomar diante da briga entre a crescente oposição e Aidar, cada vez com menos aliados. Não sabe se demonstra apoio ao presidente, mesmo sem participar da gestão, ou não.
"Precisamos conversar com ele, queremos saber o que está acontecendo. Precisamos entender o que ele quis quando pediu a demissão de todos diretores. Não sei se ele tem todo esse apoio para recompor a diretoria", declarou.
Os ex-presidentes devem marcar uma reunião para pedir explicações para Aidar sobre seus planos e também a respeito da briga com Ataíde.
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