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Polêmica sobre rebolada causa briga entre torcidas de Palmeiras e Vasco

Perrone

12/01/2016 15h39

Uma das mais tradicionais alianças entre torcidas organizadas sofreu forte abalo. E por motivo inusitado: polêmica sobre rebolada.

O problema entre a palmeirense Mancha Alviverde e a vascaína Força Jovem aconteceu na festa de aniversário da uniformizada paulista no último sábado. Convidados pelos os anfitriões, os cariocas começaram a fazer trenzinhos comuns em baile funk no Rio. Depois de alguns empurrões, houve briga entre parte dos membros das duas torcidas.

Após o assunto bombar entre integrantes das duas organizadas nas redes sociais, a Mancha publicou em seu perfil no Facebook uma nota sobre a pancadaria.

A direção da torcida palmeirense diz que as brigas começaram depois de se espalhar o boato de que o presidente da Mancha, pedindo o fim dos trenzinhos na festa, teria falado no microfone que os vascaínos estavam rebolando. Rebolar é gesto corriqueiro em baile funk, mas costuma ser ato inadmissível no preconceituoso ambiente das torcidas organizadas.

Leia abaixo, trechos da nota publicada pela Mancha:

"Esclarecimento sobre o ocorrido com a Força Jovem do Vasco.

A nossa quadra estava lotada, e no Rio eles têm o hábito de fazer o tal trenzinho e saíram arrastando e pulando, como é de costume para eles. Nessas voltas houve duas ou três confusões (empurrando as pessoas, chutando garrafas e cervejas que estavam no chão). Na nossa casa, pregamos o respeito por todos, e, percebendo que estavam passando do limite, a diretoria da Mancha chamou a diretoria da Força e explicou a situação. Houve entendimento e consenso. Os dois presidentes subiram no palco e pediram para segurar a onda, para evitar tumultos… No calor da situação, começaram conversas paralelas entre os bondes e mencionaram um fato que não ocorreu, que o presidente da Mancha disse no microfone, para toda a quadra, que os caras da Força estavam rebolando. Essas conversas erradas foram a deixa para discussão entre um e outro… Houve, sim, agressão de ambos os lados".

A nota, assinada pela diretoria da Mancha, diz ainda que haverá cobrança sobre seus integrantes que continuaram brigando após a direção pedir que parassem. O comunicado afirma também que os membros da organizada palmeirense continuam autorizados a usar vestimentas da Força e que a torcida vascaína não está entre suas inimigas no Rio.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.