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Brasileiros querem mais poder na América para quem tem mais dinheiro e fãs

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01/04/2016 14h28

Com Danilo Lavieri, do UOL em São Paulo

Os clubes brasileiros envolvidos com a criação de uma associação sul-americana defendem maior poder para quem tem mais potencial financeiro e maior torcida. Querem voto com peso maior ou mais cadeiras no

num futuro conselho de administração para quem preencher esses requisitos.

Porém, durante reunião no Morumbi nesta quinta, dirigentes de outros países torceram o nariz para ideia, que reduziria o peso político na estruturação da entidade. O assunto voltará a ser discutido no próximo encontro, em 19 de maio, no Paraguai.

Com um discurso unificado, representantes dos 12 principais clubes brasileiros batem na tecla de que a associação tem que ser menos política e mais profissional. Seria uma empresa com um conselho de administração que contrataria um CEO.

O argumento dos cartolas nacionais é de que se for para criar uma nova entidade política, eles preferem seguir na Conmebol.

Um momento da reunião no estádio são-paulino que sintetiza esse posicionamento ocorreu quando representante do Peñarol disse que o fato de seu clube ter cinco títulos da Libertadores precisa ser levado em consideração no momento de definir a formação do conselho gestor.

José Francisco Manssur, vice-presidente de comunicações e marketing do São Paulo, respondeu falando sobre o peso que teriam cerca de 60 milhões de torcedores de Flamengo e Corinthians somados numa eventual negociação com uma emissora para a transmissão de jogos da Libertadores.

Os brasileiros sustentam que quem tem maior potencial para atrair dinheiro deve ter mais presença no conselho porque poderá aumentar a arrecadação, incrementando a verba a ser dividida por todos.

Esse critério não favoreceria só times do Brasil, mas também de Argentina e Uruguai.

A divisão de cotas de TV não foi discutida no encontro, porém, o blog apurou que pelo menos parte dos brasileiros defende fatias maiores para quem gera mais audiência, mas no modelo que prevê também uma parte igual para todos e outra distribuída conforme o desempenho em campo.

Para poderem trabalhar no crescimento dos recursos, os brasileiros querem saber exatamente quanto a Conmebol fatura com as competições que controla. Por isso mandaram uma carta para a CBF pedindo que ela cobre da entidade sul-americana a exibição de todos os contratos referentes aos torneios.

Veja abaixo.

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.