Enquanto procura técnico, SPFC vê até Dilma ser usada em nova 'guerra'
Enquanto procura um substituto para o técnico Edgardo Bauza, o São Paulo vive uma disputa política tão acirrada que parece que o clube irá escolher seu novo presidente no próximo sábado. Na verdade, a briga é pelos votos do associado para aprovar ou não uma reforma estatutária e referendar ou não todas mudanças no estatuto do clube desde 2003, o que pode encerrar uma disputa na Justiça até agora desfavorável para a situação, que tem poucas chances de reverter o quadro.
A briga tem gerado situações inusitadas e envolvido até personagem distante do Morumbi, como a presidente afastada Dilma Rousseff. Os dois lados se organizaram nas redes sociais, há ataques oposicionistas com vídeos enviados por celular e até já existe uma vítima que não faz parte do clube. Um colaborador da rádio Jovem Pan que perdeu sua vaga em um programa. Abaixo veja os lances mais curiosos dessa briga.
Fora do ar
Num grupo de conselheiros no wathsapp, membro da oposição postou uma entrevista com um colega, Olten Ayres de Abreu Júnior, defendendo o voto contra a reforma estatutária e o referendo. O entrevistador fala como se estivesse no programa do jornalista Flávio Prado na Rádio Jovem Pan. Só que a conversa nunca foi exibida na emissora e nem será. Situacionistas acusam a oposição de forjar uma entrevista para apresentar seu ponto de vista. Por sua vez, os oposicionistas suspeitam de que membros da situação agiram na emissora para impedir a veiculação da conversa e ainda conseguiram o afastamento do colaborador da rádio, um jovem que pediu para não ter a história publicada neste espaço. Ao blog, por e-mail, o jornalista Wanderley Nogueira disse que a entrevista foi feita por um dos colaboradores do programa de Prado sem autorização ou solicitação da emissora. E que quando Prado tomou conhecimento de que o áudio estava em redes sociais informou ao colaborador que não seria mais necessária sua participação no programa.
Leco igual a Dilma?
Também nas redes sociais, a oposição veiculou vídeo no qual a presidente afastada Dilma Rousseff aparece pedalando. Em seguida, são comparadas as pedaladas fiscais das quais ela é acusada e as pedaladas jurídicas, termo criado pelos opositores para batizar a assembleia marcada por Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, presidente são-paulino. A oposição alega que a única intenção do dirigente é fazer com que os sócios aprovem mudanças estatutárias feitas sem o consentimento deles para tentar encerrar ação na Justiça que anula todos os atos administrativos do clube desde 2004 por causa de alterações no estatuto que não passaram pelo voto dos associados. O processo pode anular o mandato de Leco e dos conselheiros causando a nomeação de um interventor. A situação responde classificando o vídeo de "mais uma baixaria" da campanha feita pelo opositores. E sustenta que objetivo principal da diretoria é mudar o estatuto para modernizar o clube.
Aidar dos dois lados
Outra situação curiosa envolve o ex-presidente Carlos Miguel Aidar, que renunciou no ano passado após uma série de denúncias. Numa das peças produzidas pela oposição ele aparece como defensor do "sim", voto defendido por Leco. Só que a situação divulgou uma mensagem de celular atribuída ao ex-presidente na qual ele pede para um conselheiro dizer no clube que votará pelo "não". Aidar não atendeu às ligações do blog. Mensagem enviada a ele sobre o assunto foi visualizada e não respondida.
Vira-casaca
Em outro vídeo divulgado pela oposição, Luiz Antônio da Cunha, que pediu demissão do cargo de diretor de futebol, declara que votará pelo não. O apoio do ex-dirigente foi um dos mais comemorados pelo grupo oposicionista.
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