Topo

Perrone

Novas vagas brasileiras na Libertadores fazem fama de presidente da FPF

Perrone

04/10/2016 09h27

Para parte dos cartolas de clubes brasileiros, o fato de o Brasil ter conseguido duas novas vagas com o aumento de times na Libertadores é fruto do trabalho de Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol). O dirigente é o responsável por negociar reivindicações de equipes paulistas junto a Conmebol.

Dois presidentes de agremiações, uma de São Paulo e outra do Rio, falaram ao blog, sem gravar entrevista, que estão convencidos de que Reinaldo tem influência na entidade sul-americana. Ter prestígio na Conmebol, em tese, fortalece o presidente da FPF numa eventual disputa pela presidência da CBF. Embora não tenha admitido que será candidato, ele é apontado por cartolas como provável postulante. O mandato de Marco Polo Del Nero vai até 2019.

Porém, a tese de que foi ele o principal responsável pelo fato de o Brasil agora ter sete vagas no torneio continental não é unanime. Diretor de primeiro escalão de um clube paulista que conversou com o blog sob a condição de não ser identificado contestou essa afirmação alegando que o resultado é consequência da pressão dos times brasileiros e do receio da Conmebol de ver decolar a Liga Sul-Americana.

Procurada, a assessoria de imprensa da FPF confirmou que Reinaldo é o responsável por levar as reivindicações dos times paulistas para a Conmebol, mas afirmou que todas as mudanças no torneio, incluindo concessão de duas novas vagas na Libertadores do Brasil, foram tomadas de acordo com estudo feito por auditoria contratada para analisar alterações na competição.

Os times paulistas deixaram o projeto da Liga Sul-Americana após Reinaldo prometer ser a voz deles na Conmebol.

Além de mais vagas, os brasileiros, como outros times do continente, pedem maior remuneração pelos direitos de TV do campeonato, mais participação nas receitas de marketing e acesso a todos os contratos.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.