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Neymar explica sua melhora como "garçom": seleção e Barça equilibrados

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11/12/2016 10h44

Em entrevista ao blog por e-mail, via assessoria de imprensa, Neymar falou sobre sua fase como "garçom". Ele é o líder de assistências da Champions League, com 7 passes para gols.

De acordo com a assessoria do jogador, em 23 de novembro, contra o Celtic, pela Copa dos Campeões, o atleta quebrou seu recorde pessoal de assistências numa temporada atingindo 32 em 50 jogos. Porém, nessa conta, não estão apenas passes que resultaram em gol, pois foram anotadas quatro na vitória por 2 a 0 sobre o time escocês. Também segundo o estafe do atacante, o recorde anterior era de 31 assistências em 70 jogos em 2013.

De acordo com o site "Whoscored.com", em 2016, Neymar fez 13 assistências em jogos do Espanhol e da Champions League. O estafe do brasileiro registra ainda outras seis (uma por partida) das eliminatórias da Copa de 2018 em 2016.

Abaixo, leia o que Neymar diz a respeito de sua melhora como "garçom".

Blog – A que atribui esse aumento no número de assistências?

NeymarAtribuo a muito trabalho tanto coletivo como individual. Sem treinamento os resultados não aparecem.

 Blog – Fez algum treinamento específico para isso?

NeymarNão, não fiz nada específico, isso é fruto da sequência do trabalho.

 Blog – Seus treinadores atuais na seleção (Tite) e no Barcelona (Luis Enrique) cobram esse tipo de participação?

Neymar – Não há cobrança por assistências ou artilharia. Mas há muito treinamento para que a equipe seja capaz de criar oportunidades de gol.

 Blog – Ser mais efetivo nas assistências o deixa mais perto de ser eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa?

 Neymar – Eu nunca tive a preocupação de ser o melhor do mundo. Se esse reconhecimento vier a acontecer será fruto do meu trabalho como um todo, não apenas por causa das assistências e gols.

 Blog – Qual a importância para a seleção brasileira sua participação como 'garçom' permitindo o crescimento de outros jogadores como goleadores?

 NeymarNa verdade as assistências aparecem muito mais em uma equipe equilibrada e entrosada. Os bons jogadores crescem em uma equipe organizada, o contrário exige dele o individualismo e as assistências tendem a diminuir.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.