Topo

Perrone

Em dois meses, Marlone vai de jogador de mais de R$ 10 mi a moeda de troca

Perrone

22/03/2017 09h09

Com Dassler Marques, do UOL, em São Paulo

No começo do ano, o Atlético-MG ofereceu 3 milhões de euros (cerca de R$ 9,9 milhões na cotação atual) por Marlone com pagamentos em parcelas semestrais. O time paulista bateu o pé para receber o montante à vista e o negócio não foi feito. Os corintianos ficariam com a metade do valor, pois possuem 50% dos direitos econômicos.

Na noite desta segunda, ficou bem encaminhada a troca do meia pelo atacante Clayton, do Galo. Os dois empréstimos serão sem cobrança em dinheiro.

Procurado pelo blog para explicar o motivo de agora o Corinthians aceitar emprestar sem dinheiro na negociação um jogador que não vendeu recentemente por 3 milhões de euros, o diretor de futebol Flávio Adauto não respondeu à mensagem enviada.

Porém, alguns fatos são claros. No começo do ano, a maior parte da Fiel era contrária à saída de Marlone, visto como uma das esperanças da torcida num momento em que o time não tinha contratado nenhum reforço de peso, ficando atrás dos rivais. Os torcedores ainda reclamavam de a equipe não ter conseguido vaga na Libertadores deste ano.

Além disso, o presidente Roberto de Andrade sofria um processo de impeachment. Nesse cenário, tomar uma medida impopular como vender um jogador importante sem conseguir um reforço notável seria arriscado.

O tempo passou, o alvinegro apresentou Jadson como sua principal contratação, aos poucos Marlone perdeu espaço no time e a torcida se esqueceu dele. O Galo continuou interessado no atleta, o Corinthians quer um atacante veloz (característica de Clayton) para dar mais poder de fogo ao seu econômico ataque e para Marlone é uma boa jogar onde terá mais espaço. Clayton também deve ter melhores oportunidades em São Paulo. Esse cenário deixou o negócio perto de ser concretizado.

Do lado mineiro, a negociação envolve um jogador que foi alvo de investimento considerável e agora é usado como moeda. Clayton foi comprado no ano passado junto ao Figueirense por 3 milhões de euros, mas hoje está longe de render o que o Galo esperava.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.