Briga no Uruguai testa presidente da FPF como defensor de clubes paulistas
A briga entre jogadores e torcedores de Palmeiras e Peñarol no Uruguai se transformou em teste de confiança de Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, junto aos clubes paulistas.
Ele é membro do conselho da Conmebol e ganhou espaço na entidade desde que Marco Polo Del Nero deixou de viajar em decorrência de investigação feita pelo FBI sobre corrupção no futebol.
Reinaldo se "vendeu" para os cartolas de São Paulo como seu legítimo representante na confederação sul-americana. Por pelo menos duas vezes, Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos deixaram de se unir a movimento de outros clubes contra Conmebol, numa oportunidade, e CBF, em outra, para deixar suas solicitações nas mãos do dirigente.
O conselho do qual o presidente da FPF faz parte tem entre suas funções adotar medidas disciplinares contra jogadores e técnicos que violem regulamentos do torneio. Porém, os julgamentos de Felipe Melo e de outros envolvidos na confusão estão a cargo do tribunal disciplinar, presidido pelo brasileiro Caio Cesar Vieira Rocha.
Em tese, as decisões do tribunal são técnicas e não políticas. Mas, Reinaldo pode fazer os argumentos palmeirenses serem ouvidos com atenção pela entidade, uma vez que se ofereceu como porta-voz dos clubes paulistas na confederação.
Apesar do caráter técnico do julgamento, tradicionalmente questões desse porte na Conmebol são acompanhadas de cuidados nos bastidores. Mauricio Galiotte, presidente palmeirense em início de mandato, naturalmente, não conhece os caminhos na confederação, o que aumenta a importância de Reinaldo para o Palmeiras. Será a prova de fogo para o voto de confiança pedido pelo presidente da FPF aos clubes em termos sul-americanos.
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