Caso Leila Pereira gera nova divergência no Palmeiras

Após o UOL Esporte revelar documentos relativos à candidatura de Leila Pereira ao Conselho Deliberativo (CD) do Palmeiras, o episódio gera nova divergência no clube.

Conselheiros que foram contrários à inscrição da chapa da dona da Crefisa e da FAM passaram a acreditar que o caso pode ser reaberto no CD. A alegação principal é de que ao votar a favor da empresária, a maioria dos membros do conselho desconhecia que a prova de que ela tinha o tempo exigido como sócia para se candidatar era apenas a palavra de Mustafá Contursi, como mostrou a coluna De Primeira, do UOL Esporte. E que eles não tinham visto o parecer do departamento jurídico questionando o fato de a autorização para a candidatura se basear só na declaração do ex-presidente.

Diante do novo cenário, ficou, entre os descontentes, a expectativa de que conselheiros que tenham se sentido enganados solicitem a reabertura do caso.

Porém, o atual presidente do conselho, Seraphim Carlos Del Grande, descarta essa possibilidade. "O caso está encerrado. De acordo com o estatuto, quem deveria decidir sobre esse tema era o conselho anterior. E ele decidiu pela a aprovação. No clube, nada mais pode ser feito", disse o dirigente.

Ele também discorda da tese de que os membros do conselho votaram sem ter a informação de que apenas a palavra de Mustafá sustentou a legalidade da candidatura de Leila. "O parecer do departamento jurídico ficou dias à disposição dos conselheiros (no órgão). Tudo referente ao caso ficou disponível para quem quisesse ver", disse Del Grande.

O episódio gerou um racha no grupo que elegeu o presidente Maurício Galiotte. Dirigentes mais ligados a Paulo Nobre, que chegou a indeferir a candidatura da dona da Crefisa, se revoltaram com o fato de o atual mandatário apoiar a aprovação da inscrição da chapa da empresária.

Entre os descontentes com a situação ainda não está descartada a possibilidade de uma ação na Justiça para tentar impugnar a vitória de Leila.