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Opinião: David Luiz foi a melhor notícia para seleção brasileira em goleada

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13/06/2017 09h09

Se fosse um jogo de Copa do Mundo, certamente Tite sofreria algumas críticas pelas dificuldades enfrentadas no primeiro tempo da vitória por 4 a 0 sobre a Austrália. Mas foi um amistoso e valeu principalmente pelos testes. Contando também a derrota para a Argentina por 1 a 0, a seleção brasileira volta para casa com mais opções.

A principal delas é David Luiz jogando adiante da zaga, com liberdade para avançar, de maneira parecida com a que atuou na última temporada pelo Chelsea. Ele deu mais proteção à defesa brasileira e foi importante na roubada de bola, iniciando a transição para o ataque. De quebra, carimbou o travessão após cabeçada em jogada que culminou no segundo gol, marcado por Thiago Silva.

Sem dúvida, David Luiz se destacou numa jornada com muitas mudanças, atuação da seleção razoável no primeiro tempo e muito boa na etapa final.

Entre os que ainda não têm vaga garantida no Mundial da Rússia, Taison, ajudado pela entrada de Willian, principal destaque no segundo tempo, colaborou para a melhora ofensiva do Brasil. Taison fez seu gol após sair do banco e merece mais oportunidades.

Também testado, Diego Souza fez o primeiro e o quarto gols mostrando que não é absurdo ser considerado uma opção para a reserva, caso haja algum problema com os principais atacantes do país. Giuliano, que herdou a 10 de Neymar e deu a assistência para a abertura do placar, poderia render mais.

Já Alex Sandro foi muito tímido no apoio ao ataque, o que colabora para o corintiano Arana merecer uma chance.

No saldo geral, Tite fez a lição de casa, aproveitando o fato de já estar classificado para a Copa do Mundo a fim de ampliar seu leque de opções, independentemente do rendimento abaixo da média da seleção sob seu comando em parte dos dois amistosos.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.