Opinião: demissão de Ceni soa como confissão de erro por parte da diretoria
A diretoria do São Paulo precisava reagir diante da má fase do time. Porém, demitir Rogério Ceni na metade de sua primeira temporada na carreira de treinador soa como confissão de erro dos cartolas ao contratá-lo e sinal de que a diretoria não tinha convicção no projeto que montou.
Ao optar por um técnico novato, qualquer clube está sujeito a uma demora maior para obter bons resultados. Principalmente se ele começa um trabalho praticamente do zero, caso de Ceni e não do corintiano Fábio Carille, que aproveitou boa parte da estrutura montada na era Tite.
A diretoria tricolor não era obrigada a contratar Ceni para treinar sua equipe principal. Poderia ter dado a ele um cargo nas categorias de base e um projeto para chegar ao mais alto posto com uma certa bagagem. Assim, se o ex-goleiro não deu certo, claro que quem o escolheu tem enorme culpa nos maus resultados.
Se houvesse convicção no plano montado para Ceni, a direção tricolor não roeria a corda agora. Trabalharia para corrigir os erros de mãos dadas com o treinador, confiante de que a melhora aconteceria.
Mas, como o alicerce de seu planejamento não era sólido, resolveu partir para outra com medo de ver o time criar raiz na zona de rebaixamento do Brasileiro.
Este blogueiro não criticou a contratação de Ceni. Esperava que ele fizesse trabalho bem melhor do que o feito até aqui. Óbvio que o ex-goleiro foi prejudicado pelas recentes mudanças no elenco são-paulino, prejuízo que deve ser creditado à diretoria.
No final, fica a impressão de que os cartolas não sabiam muito bem o que faziam quando entregaram a prancheta para Ceni. Parece que foi na base do "vamos arriscar. Se der errado, mudamos tudo."
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